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Florianópolis, 27 novembro 2024
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Cirurgia endoscópica a laser para tratamento de cálculo renal em criança catarinense é realizada em Hospital de Florianópolis

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Procedimento pouco frequente em crianças foi executado para tratar um volumoso cálculo renal que estava causando infecção multirresistente e obstrução renal

Uma cirurgia pouco frequente em crianças para tratar cálculo renal coraliforme foi realizada no Hospital Baía Sul, em Florianópolis. O procedimento de nefrolitotripsia minipercutânea a laser foi executado para remover um volumoso cálculo renal que estava causando obstrução e infecção renal persistente em um paciente de 1 ano e 10 meses. No país, há poucas equipes que realizam esse tipo de cirurgia. 

A cirurgia teve duração de cerca de uma hora e foi realizada com sucesso, sob o trabalho da equipe composta pelo especialista em endourologia e cirurgião principal, Dr. Edibert Melchert e seu assistente Dr. Marcelo Schneider Goulart. Segundo o médico especialista em endourologia, Marcelo Schneider Goulart, não são comuns casos de cálculos renais em crianças. “Das poucas crianças que apresentam esse quadro, pouquíssimas precisam de cirurgia, muitas vezes podendo ser resolvidas por endoscopia pela uretra. Em casos mais raros, com cálculos maiores, há necessidade de punção do rim, com a cirurgia minipercutânea, que é o caso desse paciente que operamos”, explica.

A cirurgia minipercutânea a laser é indicada para cálculos renais grandes e a sua vantagem está em ser um procedimento minimamente invasivo, que contribui para o pós-operatório, menor taxa de complicações, mais conforto ao paciente, menor cicatriz cirúrgica e alta hospitalar precoce. Já os cálculos pequenos, normalmente podem ser eliminados espontaneamente, apenas com o uso de analgésicos, líquidos e acompanhamento médico.

O médico Marcelo Schneider Goulart explica que há diversas causas para cálculos renais, mas que em crianças, geralmente existe um forte componente com distúrbios metabólicos de nascença. “Há uma relação com alguma alteração genética ou congênita do metabolismo, mas cada caso é um caso, e pode apresentar um distúrbio diferente”, afirma.

Ainda de acordo com o especialista, há outras formas de resolver este problema, mas quando se trata de crianças, é uma cirurgia mais complexa e que poucos profissionais realizam. “É incomum que pacientes dessa idade necessitem fazer esse tipo de procedimento, portanto, o número de médicos que operam também acaba sendo restrito. Outro motivo que explica ser um procedimento incomum, é que além de casos raros, muitas não têm acesso ao serviço e podem viver por anos com a pedra no rim, resolvendo apenas quando são adolescentes ou já estão na fase adulta”, aponta.

Os médicos do Hospital Baía Sul que atenderam este paciente já operaram casos de cálculos renais em crianças, vindas de cidades como São Paulo e Curitiba, por exemplo.