As rendeiras de Florianópolis terão um espaço permanente para valorização e preservação da renda de bilro como referência cultural da cidade. Um termo de cooperação para viabilizar a proposta será assinado em março entre o Ministério da Cultura e a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. A iniciativa vai transformar o Casarão da Lagoa em um Centro de Referência da Mulher Rendeira, na Lagoa da Conceição.O objetivo é evitar que essa tradição cultural desapareça, tornando-a mais conhecida e valorizada por moradores e turistas.
Para isso, será realizado um censo de identificação das rendeiras da cidade e elaborado um inventário de referências culturais da renda de bilro catarinense. Também serão produzidos um documentário e um livro de fotografias. No total, 65 cidades foram escolhidas para iniciativas semelhantes e irão dividir R$ 1,3 milhão em recursos federais. O programa fornecerá matéria-prima e instrumentos de trabalho para a realização de oficinas com as rendeiras consideradas mestres populares, para garantir o repasse de conhecimento sobre cantorias, formas de fazer o pique, pontos e almofadas. A renda de bilro veio para o Brasil com os portugueses, oriundos especialmente do arquipélago dos Açores.
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