Ação é promovida pelo Projeto Cidades Invisíveis e MULTI Open Shopping; valor arrecadado na venda das pranchas será revertido para ações sociais
Para celebrar os 10 anos do Projeto Cidades Invisíveis e os 4 anos do MULTI Open Shopping, será realizado no mês de março a 1ª edição do Pranchart – a arte na prancha. A exposição, que vai apresentar trabalhos de 10 artistas convidados, abre no dia 9 de março e segue até 6 de abril, dia que será realizado um leilão beneficente para a venda das obras. Todo o valor arrecadado será destinado para ações sociais coordenadas pelo Cidades Invisíveis em Florianópolis. Que neste período de atuação já destinou mais de R$ 3.700.000,00 em projetos e ações.
Para o idealizador do Projeto Cidades Invisíveis, Samuel dos Santos, essa exposição integra o calendário de ações planejadas para a comemoração dos 10 anos da entidade.
“Estamos completando uma década dessa jornada de impacto social, e nada melhor que celebrar envolvendo aquilo que nos move desde 2012: arte e solidariedade. Dessa vez, aproximando o surfe que é um esporte que simboliza a cidade em que nascemos. Juntos com o MULTI, vamos contribuir para o desenvolvimento social de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade”, destaca o idealizador.
Já a gestora de marketing do MULTI, Verônica Carniel, destaca que essa parceria vem de encontro com a essência do empreendimento, que é estar próximo da comunidade apoiando iniciativas e projetos que cuidem das pessoas, proporcionando bem-estar e qualidade de vida.
“Desde a inauguração, umas das marcas registradas do MULTI é essa, fortalecer e incentivar a cultura local, seja com exposições, bem como em ações com a comunidade e a realização de eventos musicais, de dança, teatro, entre outros, sempre de maneira gratuita”, compartilha.
E nessa parceria estão envolvidas a arte, o surfe, um dos esportes mais praticados na Ilha de Santa Catarina, e a solidariedade, já que as pranchas que integram a exposição vão ser leiloadas e 100% do que for arrecadado será destinado para projetos sociais de Florianópolis.
“Sem dúvidas essa já é uma parceria de sucesso. Afinal, toda a equipe do Cidades Invisíveis, bem como a do MULTI está feliz em promover essa exposição. E estamos gratos também aos artistas que toparam entrar nessa ação beneficente que vai ajudar muita gente”, destaca a gestora de marketing.
Yago Dora, padrinho do Pranchart
O surfista profissional, Yago Dora, que é morador do Rio Tavares, é o padrinho da 1ª edição do Pranchart.
“Fiquei muito feliz pelo convite para ser padrinho do evento, já tinha colaborado algumas vezes com o Projeto Cidades Invisíveis e agora fiz questão de participar de novo. Ainda mais desse projeto que vai juntar grandes artistas e grandes amigos meus para uma boa causa”, compartilha o atleta.
Yago, que já usou pranchas pintadas por alguns dos artistas envolvidos no Pranchart, considera ser gratificante essa união por uma causa solidária.
“Vai ser legal ver as pranchas pintadas e ainda mais saber que essa é uma oportunidade muito boa para adquirir uma obra de grande valor e saber que esse investimento vai para as mãos de gente que realmente precisa, isso faz a diferença na vida dessas pessoas”, completa.
Artistas convidados
Alucinandinho, Danka, Driin, Juliana Tang, Julian Gallasch, Marcelo Barnero, Rodrigo Rizo, Thiago Thipan, Tuane Ferreira e o cartunista, escritor e cineasta, Zé Dassilva, são os convidados para esta edição do Pranchart. Alguns dos artistas, na sua grande maioria, residentes em Santa Catarina, já utilizaram uma prancha como suporte para expressar a sua arte.
O artista visual, que cria imagens e obras de arte em diferentes suportes, Thiago Thipan, acredita que o projeto é importante, pois os recursos arrecadados no leilão serão utilizados para ajudar pessoas e dar mais esperança e dignidade para elas.
“Minha expectativa é ver a prancha que pintar para o leilão ser vendida por um valor que possa ajudar muitas famílias e pessoas em situação de vulnerabilidade social”, destaca Thipan.
Já Marcelo Barnero, que se define como um desenhista em várias plataformas, participar de projetos sociais, ainda mais os que tentam melhorar a vida das pessoas que precisam, é muito importante. “Quero entregar uma boa arte, e que ela vá para alguém que dê valor pra arte e ajuda social”, ressalta.
A manezinha e moradora do Rio Tavares, Juliana Tang, conta que sempre admirou a trajetória do Cidades Invisíveis e acompanhar um projeto assim, que une tantas pessoas incríveis e conecta artistas locais a causas sociais, é muito importante.
“O projeto mostra que é possível transformar a realidade através de algo que também me transformou: a arte”, diz a artista que está feliz em contribuir com o seu trabalho e por estar ao lado de artistas que admira.
Fernando Winck Ziliotto, mais conhecido no mundo artístico como Alucinandinho, comenta que sua história começou com uma prancha. “O meu desenho, pelo qual sou conhecido, surgiu justamente pelo formato da prancha, que foi se moldando com cada uma delas e me transformando simultaneamente”, compartilha.
Alucinandinho destaca ainda que acha necessário mostrar ao público um assunto tão importante como a desigualdade. “Ainda mais sendo ligado ao surfe, que sempre fez parte da minha vida e me mostrou a magia da natureza. Espero que a arte possa se transformar no necessário e que o projeto seja visto e sentido por muitos, podendo ajudar o máximo de pessoas”, completa.
Outro manezinho, o artista plástico e muralista, Danka, integra a lista de convidados. Ele comenta que começou a carreira nas artes pintando pranchas e camisetas. “Foi o início de tudo, pois sempre tive o surfe presente na minha vida. E participar do Pranchart está sendo algo novo de novo, pois faz um bom tempo que não pinto uma prancha”, compartilha.
Para o projeto, Danka adianta que vai apresentar algo que tenha ligação com o mar e ao estilo da sua pintura. “A arte tem o poder de transformar e ser uma ferramenta importante. Penso que isso ajuda e muito a comunicar de forma sutil e poética”, completa.
Já a artista plástica e muralista, Tuane Ferreira, conta que essa será a primeira experiência em prancha e adianta o que vai desenhar. “Vou fazer o que é mais característico do meu trabalho que são as mandalas. Dessa vez a inspiração veio da Pedra Água Marinha, nome inclusive da minha peça. A ideia é transformar a prancha em um ornamento de proteção”, revela.
Para Tuane, projetos como o Pranchart são extremamente necessários. “Cresci em uma comunidade e, além de acompanhar, já participei de algumas ações do Cidades Invisíveis e pude ver e ser parte da transformação social que é levar arte, cultura, esporte pra dentro de uma comunidade”, compartilha.
Leilão beneficente
No dia 6 de abril, será realizado no auditório do MULTI, que fica de frente para a Praia do Campeche, o Leilão beneficente das pranchas dos 10 artistas participantes desta edição do Pranchart. O evento vai contar com apresentações musicais.
A realização do leilão será coordenada pela equipe do Projeto Cidades Invisíveis e toda a renda arrecadada será revertida para o Projeto, que irá destinar os recursos para projetos sociais de Florianópolis.
Serviço: Exposição Pranchart – a arte na prancha
Abertura: 9 de março (quarta-feira), às 19h
Visitação: 10 de março a 6 de abril – das 10h às 22h de segunda a sábado e domingos e feriados das 14h às 20h)
Local: Hall de entrada do MULTI Open Shopping (Rodovia Dr. Antônio Luiz Moura Gonzaga, 3339, no Rio Tavares, em Florianópolis/SC)
Visitação gratuita
Foto: O modelo Alfredo Galvão com uma das pranchas que será pintada para o Pranchart – crédito Juliano Zanotelli