Sociedade Catarinense de Mastologia alerta ainda para informações equivocadas sobre supostos riscos do exame
A realização da mamografia para a prevenção e combate mais eficaz ao câncer de mama deve ser realizada a partir dos 40 anos, com intervalo de uma vez ao ano. A orientação é da Sociedade Catarinense de Mastologia, que destaca a constatação de que 1/3 da incidência da doença acontece entre 40 e 50 anos. Outra estatística importante mostra que, se detectado no começo, o câncer de mama tem cura em 95% dos casos.
“Seguimos o que preconizam a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Sociedade Brasileira de Radiologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, com base na realidade das mulheres no Brasil, que parecem apresentar o câncer de mama mais cedo do que em outros países, onde se preconiza o início dos exames a partir dos 50, a cada dois anos”, explica a médica Adriana Freitas, presidente da Sociedade Catarinense de Mastologia.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a segunda maior causa de morte da mulher brasileira, com um saldo de mais de 18 mil óbitos todos os anos. Nos últimos dois anos, a pandemia de Covid-19 foi um fator agravante, pois fez com que muitas mulheres deixassem de fazer ou adiassem seus exames, levando a um maior número de diagnósticos em estágio avançado.
O RISCO DA DESINFORMAÇÃO
A Sociedade Catarinense de Mastologia adverte ainda para a necessidade de ampliação das campanhas de conscientização sobre a importância da realização do exame de rastreamento. Ainda mais com as informações equivocadas disseminadas na internet e que atribuem à mamografia um efeito negativo por conta da radiação atribuída ao exame.
“Este tipo de afirmação sem qualquer base em estudos científicos só afasta as mulheres desta importante ferramenta. O que pode causar muitas doenças é a desinformação”, alertou Adriana Freitas. “A mamografia não causa câncer, não machuca a mama e é indispensável para detectarmos a doença. Só assim, podemos reduzir os casos de diagnósticos tardios e diminuir as mortes por câncer de mama”, esclareceu.
