Somando os meses de janeiro a julho, as micro e pequenas empresas lideram a geração de empregos no ano, com 95.275 empregos gerados, representando 68,3% de participação
Um levantamento feito pelo Observatório de Negócios do Sebrae/SC, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério da Economia, demonstra que dos 13.397 novos empregos gerados em Santa Catarina no mês de julho, os pequenos negócios são responsáveis por 80,58% destas oportunidades, ou seja, contribuíram com 10.795 empregos do total, em regime CLT.
Somando os meses de janeiro a julho, considerando os 139.410 empregos já gerados em 2021 em todos os portes no estado, as micro e pequenas empresas (MPE) lideram a geração de empregos no ano, correspondendo a 95.275 empregos, ou seja, 68,3% do saldo anual.
Com os dados do mês de julho de 2021, as MPEs e os demais portes empresariais completam sete meses ininterruptos de saldo positivo de empregos.
Em julho, as Micro e Pequenas Empresas lideram a geração de empregos nos setores de serviços (3.822), comércio (2.732) e indústria (2.605). Ao analisar todos os portes, o setor Agropecuário foi o único que apresentou saldo negativo no mês, com menos 218 empregos.
“Tivemos uma sensível redução na geração de empregos em relação ao mês anterior, mas os pequenos negócios continuam sendo os maiores geradores de renda e empregos, demonstrando a resiliência do empreendedor catarinense e a vontade de se reinventar diariamente. Temos orgulho do trabalho realizado pelo Sebrae/SC, que atua para auxiliar e apoiar os empresários de micro e pequenos negócios, valorizando a sua importância para o desenvolvimento econômico do Estado e para a retomada econômica, buscando minimizar os impactos sofridos pela pandemia”, afirma o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
Segmento
Confirmando a tendência que se apresenta desde janeiro de 2021, a confecção de artigos do vestuário e acessórios permanece como a atividade econômica responsável pelo maior número de contratações neste ano, com 11.671 empregos gerados, seguido da construção de edifícios (6.523) e administração do Estado e da Política Econômica Social (6.470).
Considerando somente o mês de julho, a atividade de confecção de artigos do vestuário e acessórios também ocupa a 1ª posição no ranking, com um saldo positivo de 1.024 novas vagas, seguida de pelo transporte rodoviário de carga (860) e atividades de limpeza (738).
Atividades que mais perderam empregos
A atividade de locação de mão de obra temporária continua sendo o setor que apresenta maiores dificuldades no ano, ocupando a 1ª posição das atividades econômicas que mais perderam empregos no acumulado do ano, com -4.972 vagas, seguida do comércio varejista (-1.496) e dos hotéis e similares (-1.405).
No mês de julho, a locação de mão de obra temporária também ocupa a 1ª posição no ranking de atividade econômica mais impactada, com uma redução de 1.086 empregos, seguido da educação superior (-329) e do processamento industrial do fumo (-316).
Regiões
Todas as regiões do estado permanecem acumulando saldos positivos de empregos no ano, considerando todos os portes. A região Norte se destaca na geração de empregos, representando 28.951 novos postos de trabalho em 2021.
Já nas MPEs, a região da Foz do Itajaí destacou-se, com 18.848 empregos gerados no acumulado do ano, seguido da região Norte (17.772), Vale do Itajaí (14.286) e Sul (13.570). Das nove regiões catarinenses, são cinco as que já geraram mais de dez mil empregos nas MPEs em 2021.
Ao analisarmos apenas os números do mês de julho, as MPEs obtiveram resultados positivos em todas as regiões, com destaque para Foz do Itajaí (2.509), Grande Florianópolis (1.953) e Norte (1.718). Porém, no caso dos demais portes empresariais, o mês de julho apresentou saldo negativo em três regiões catarinenses: Sul (-580), Meio-Oeste (-208) e Serra (-102).
Considerando todos os portes entre as cidades, em que entram as médias e grandes empresas, Joinville e Blumenau já geraram mais de dez mil empregos no acumulado do ano, e juntas somam 22.719 postos de trabalho.
Outro avanço é de que a lista de cidades no Estado que geraram mais de mil empregos em 2021 continua aumentando, e já soma 32 cidades. Ao observarmos as cidades que mais geraram empregos nas MPEs no acumulado do ano, o município de Joinville ocupa a 1ª posição do ranking, com 7.986 vagas nos sete primeiros meses de 2021, seguido de Itajaí (6.258), Blumenau (4.992), São José (4.174) e Chapecó (3.401), sendo esses cinco municípios responsáveis por 28,14% dos empregos gerados pelas MPEs no período. Quando considerados apenas os números do mês de julho, a cidade de Florianópolis ocupa a 1ª posição tanto na geração de empregos nas MPEs, com 899 novos empregos, quanto em todos os portes empresariais, com 1.599 postos de trabalho gerados no mês.
No acumulado do ano, e considerando todos os portes, a cidade que mais perdeu empregos continua sendo Bombinhas, com -835 postos de trabalho. O mesmo cenário se observa quando se trata das micro e pequenas empresas, no qual Bombinhas continua sendo o município mais impactado, com -638 empregos, seguido de Imbuia (-100), os únicos municípios do porte a perderem mais de cem empregos.
Ao considerarmos todos os portes empresariais, são apenas 20 dos 295 municípios catarinenses que ainda apresentam saldo negativo de empregos no acumulado do ano, e apenas 1 cidade ainda não apresenta contratações ou perdas: Coronel Martins.
No mês de julho, considerando todos os portes, Tubarão foi a cidade que apresentou uma maior redução de postos de trabalho, com -429, seguido de Araranguá (-159) e Capivari de Baixo (-115), todas localizadas na região Sul Catarinense.