A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anunciou, nesta sexta-feira, 30, a interdição dos cultivos de moluscos em localidades de Florianópolis e Palhoça devido à alta concentração de ficotoxina Ácido Okadaico.
As áreas interditadas são: Cacupé, Santo Antônio de Lisboa, Caieira da Barra do Sul e Taperinha do Ribeirão, em Florianópolis; Praia do Pontal e Praia do Cedro, em Palhoça. Nesses locais está proibida a retirada e comercialização de ostras e mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia.
A interdição é necessária quando é detectada uma concentração de ficotoxina Ácido Okadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Liberação
As localidades de Sambaqui e Praia do Forte, em Florianópolis, que foram interditadas na última segunda-feira, 26, estão liberadas.
Interdição Parcial
Permanecem parcialmente interditadas as áreas de Serraria, Barreiros e Ponta de Baixo, em São José; São Miguel e Tijuquinhas, no município de Biguaçu; Barra do Aririú, em Palhoça; e Perequê, Ilha João da Cunha e Araça, em Porto Belo. Nessas localidades está autorizada a retirada e comercialização apenas de ostras.
A retirada nestas localidades está condicionada ao tratamento prévio dos moluscos que, conforme monitoramento microbiológico, apresentaram resultados acima do limite para as contagens de Escherichia coli (E. coli).
Monitoramento constante
Santa Catarina é o único estado do país que monitora permanentemente as áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.
Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom