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Florianópolis, 24 novembro 2024

Inflação desacelera em abril, mas passa de 7% em 12 meses, mostra índice da Udesc Esag

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A inflação percebida pelos consumidores de Florianópolis quebrou a sequência de aceleração nos três meses anteriores, quando vinha se aproximando dos 1% ao mês, e teve uma alta menor em abril (0,33%). Nos quatro primeiros meses deste ano, o índice acumulado é de 2,83%.

A desaceleração, no entanto, não impediu que o acumulado nos últimos 12 meses chegasse a 7,1%. A marca de 7% de inflação em 12 meses não era ultrapassada há mais de quatro anos. A última vez foi em dezembro de 2016 (também 7,1%).

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Combustíveis e alimentação

De acordo com o coordenador do ICV/Udesc Esag, Hercílio Fernandes Neto, a desaceleração da inflação mensal em abril se deu principalmente por conta da redução dos preços dos combustíveis para automóveis (-6,17%). Com isso, o gasto com transportes – o segundo maior no orçamento das famílias, depois da alimentação – acabou ficando mais barato (-1,21%).

Já os preços dos alimentos voltaram a subir (0,5%). Se considerados apenas os alimentos consumidos em casa, o aumento médio foi de 0,8%. No mês da Páscoa, as maiores altas foram as dos pescados (6%) e dos açúcares e derivados (4,5%), que inclui os chocolates. Por outro lado, as frutas ficaram mais baratas (-7,3%).

Além dos transportes, o apenas o grupo de despesas pessoais teve uma ligeira queda (-0,2%). Houve aumentos nos preços dos produtos e serviços ligados a habitação (0,5%), artigos de residência (2,6%), vestuário (1%) e saúde e cuidados pessoais (1,4%). Os grupos Educação e Comunicação ficaram estáveis. 

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de abril.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag. (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.