Especialista explica diagnóstico e tratamento em casos de placenta acreta
Embora seja uma condição relativamente rara, o acretismo placentário é uma situação de alto risco para a mulher e está relacionado à maior necessidade de terapêutica transfusional; a complicações durante a cesárea e à infecção. Por isso, mulheres com a placenta acreta precisam de um tratamento especializado e uma equipe treinada para cirurgia.
O ginecologista e professor Luiz Fernando Sommacal, que faz parte do grupo de acretismo placentário no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), juntamente com os médicos Rodrigo Baron e Otto Feuerschuette, explicou que a placenta acreta caracteriza uma patologia na qual a placenta se adere à musculatura uterina e, em alguns casos, ultrapassa o limite natural desta musculatura, invadindo a bexiga ou o reto.
Segundo ele, normalmente os fatores de risco para a placenta acreta são incisão uterina anterior (uma cesárea, por exemplo), história materna de tabagismo, idade materna avançada, multiparidade e gestação gemelar. O sintoma mais predominante é o sangramento. “Trata-se de um sangramento que não se associa a esforço, trauma, dor e hipertensão, por exemplo”, afirmou.
O médico explicou que diante de uma mulher grávida com sangramento e após exame ginecológico e ultrassom obstétrico, é feito o diagnóstico de placenta acreta e a mulher deve ser encaminhada para cirurgia. De acordo com ele, a placenta acreta é responsável por altos índices de morbidade e mortalidade.
“É preciso ter uma equipe especializada e um hospital de alta complexidade, com banco de sangue 24 horas e UTI, por exemplo. E é aí que o HU-UFSC se insere na cadeia de cuidado da mulher nestas condições”, disse, explicando que trata-se de uma cirurgia que pode durar em média três a quatro horas – uma média que varia muito considerando vários graus de complexidade do acretismo placentário.
Sommacal explicou, ainda, que o HU se tornou referência no atendimento de gestação de alto risco, o que assegura o atendimento também nos casos de acretismo placentário.
Link vídeo – https://youtu.be/up1_Me845L8