A aquisição amplia as possibilidades de capacitação e impacta diretamente nas atividades de ensino do hospital
O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) adquiriu simuladores cirúrgicos (caixa de simulação, kits e instrumentos de treinamento) que serão utilizados em atividades de ensino e capacitação da instituição. A entrega dos equipamentos foi realizada nesta quarta-feira (10/03), no espaço dedicado à técnica operatória. A aquisição foi efetivada pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP/Ebserh) do hospital. Foram investidos mais de R$ 20 mil na compra dos simuladores.
Segundo a gerente de Ensino e Pesquisa do HU, professora Rosemeri Maurici, esta aquisição consolida o papel do HU como hospital-escola, além de permitir a qualificação dos integrantes dos programas de Residência Médica. “A indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência é um caminho a ser percorrido e consolidado, sendo meta básica da Gerência de Ensino e Pesquisa, juntamente com os Departamentos da UFSC, especialmente aqueles da área da saúde”, disse.
Conforme o professor Edevard de Araujo, do Departamento de Cirurgia (CLC/CCS) da UFSC, esses simuladores cirúrgicos permitirão aos alunos e médicos o treinamento de movimentos, desde os básicos aos mais complexos, da mesma forma que em situações reais no atendimento aos pacientes. “De uma forma simples, essas caixas mimetizam uma cavidade do corpo humano na qual instrumentos podem ser inseridos para o treinamento cirúrgico”, explicou.
O equipamento permite a simulação de cortes e pontos, além de ter uma câmera que transmite os movimentos do aluno/médico para um monitor, com imagem ampliada, entre outras possibilidades. O professor salientou a importância desses equipamentos para a formação dos alunos de graduação e pós-graduação.
“A importância é fundamental, essencial e obrigatória. Os pilotos de avião não assumem o comando de uma aeronave sem antes passarem horas treinando em simuladores, tanto para lidar com os instrumentos quanto para lidar com situações normais ou extraordinárias de voo, pouso e decolagem. Da mesma forma, seria inadmissível um aluno ou médico em formação cirúrgica iniciar o seu treinamento em situações reais, com pacientes”, detalhou.
Conforme Edevard de Araujo, há necessidade de treinamentos básicos e em várias formas de complexidade, mediante um instrutor que decidirá se a pessoa em treinamento está apta ou necessitará de mais tempo de capacitação em simuladores, antes de participar de procedimentos cirúrgicos reais.
“Uma instituição que exija esse tipo de treinamento em simuladores está se posicionando de forma responsável e ética para com os seus usuários que demandem esse tipo de procedimento”, complementou.
A aquisição é um objetivo projetado há algum tempo nos programas de formação do HU e do Departamento de Cirurgia da UFSC. Há projetos para desenvolver esse tipo de treinamento com alunos e com médicos residentes (pós-graduandos) e disponibilizar para outros hospitais da comunidade, na forma de projetos de extensão. “Cada vez mais as instituições hospitalares estão sendo avaliadas mundialmente com base nos itens de segurança e qualidade da assistência prestada ao usuário. Esses simuladores podem fazer muita diferença nesse aspecto, ao imaginarmos que teremos profissionais muito mais preparados para enfrentar os desafios que cotidianamente são enfrentados por cirurgiões ao cumprir o seu mister de prestar o seu melhor desempenho para todos os seus pacientes”, finalizou.