Hoje, 9/6, é o Dia Mundial da Imunização
Nunca se valorizou tanto a importância das vacinas. Com a pandemia do coronavírus, que ainda não tem imunização, o isolamento social, a higienização e o distanciamento, se tornaram imprescindíveis para a proteção. Mas para a médica pediatra, responsável pelo setor de Vacinas do Laboratório Santa Luzia, Andreá Benincá de Almeida, as vacinas são grandes aliados na prevenção da saúde, por isso é importante ressaltar a importância da vacinação no dia 9 de junho, Dia Mundial da Imunização. “É importante que os pais procurem informações reais, em órgãos confiáveis, porque quando se trata de fake news, as vacinas são alvo importante das notícias falsas”, alerta. Além disso, a médica explica que o Brasil é um dos países que mais oferece vacinas na rede pública. “Nosso calendário de vacinas é bem amplo e oferece a possibilidade de muitas vacinas para a população”.
Com a criação do Programa Nacional de Imunizações em 1973 muitas doenças foram eliminadas do Brasil, pólio e a rubéola, além de controlar casos de sarampo, varicela e rotavírus, H1N1 e meningite no país. “Por isso é sempre tão importante alertar a população. Mesmo em época de pandemia, as vacinas devem ser aplicadas”.
Nesta terça-feira, 9/6, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), vai lançar uma cartilha sobre a vacinação na pandemia, durante webinário (conferência online) voltado a profissionais da área de saúde. A cartilha digital Pandemia covid-19: o que muda na rotina das imunizações vai mostrar à população como ir a uma unidade de saúde com segurança e como os serviços de vacinação públicos e privados devem atender a população com os cuidados necessários e respeito ao distanciamento social.
Pesquisa
Dados da pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) 94% dos pais consideram a vacinação uma forma de proteção importante, mas mitos ainda persistem. Mais de 20% dos entrevistados, por exemplo, demonstraram ter dúvidas sobre a segurança das vacinas, de modo que 10% discordaram, totalmente ou parcialmente, da ideia de que as vacinas não oferecem perigo. Além disso, ao menos um a cada cinco pais afirmou que as vacinas costumam causar a doença que deveriam prevenir, proporção que sobe para um a cada três quando analisada apenas a classe A.
A médica explica que é muito importante que as crianças e adultos tenham a carteira de vacinação atualizada sempre para evitar contrair doenças. “As vacinas são responsáveis pela erradicação e controle de diversas doenças, e por isso é tão importante”, alerta.
“O ideal é seguir o calendário de vacinação e se imunizar nas idades recomendadas, mas é importante tomar as vacinas que estão atrasadas. A regra vale para vacinas que continuam sendo recomendadas na idade adulta, como tétano, coqueluche e difteria", alerta a pediatra. Até mesmo doenças clássicas da infância, como caxumba, sarampo e rubéola, continuam tendo recomendação da vacina para adultos e precisam ser tomadas. Entretanto, vacinas que você deveria ter tomado durante a infância somente, e que perdem a recomendação para adultos, pois o risco da doença não existe mais, não precisam ser tomadas. Um exemplo é o rotavírus, uma doença que é muito grave na infância e deve ser vacinada no período, mas que para os adultos não causa impacto além de incômodo, perdendo a necessidade da vacinação. "Por isso é importante seguir o calendário do nascimento à terceira idade respeitando as idades prioritárias."
A orientação da médica é que os pais ou responsáveis procurem profissionais nos postos de saúde ou clínicas particulares e tirem as dúvidas. Se for necessário as vacinas que faltam já podem ser aplicadas.
Outra pesquisa lista as principais doenças que mais preocupam os pais brasileiros
Uma pesquisa internacional conduzida pela GSK, realizada com 1 mil responsáveis no Brasil, mostra que de uma lista de 14 doenças com prevenção através da vacinação, a doença meningocócica é considerada pelos responsáveis como a de maior risco à saúde dos filhos. A meningite foi considerada a doença mais grave por 64% dos entrevistados, seguida pela doença pneumocócica (45%), Hepatite B (43%), poliomielite (24%), tétano (20%) e coqueluche (14%).