Para acompanhar os colaboradores no trabalho remoto, empresa sediada em Florianópolis criou programa de apoio que envolve desde auxílio para as contas de energia elétrica e internet até ginástica laboral, meditação e atendimento psicológico online
Num esforço para conter a disseminação do coronavírus, 100% dos colaboradores da HostGator – multinacional de hospedagem de sites e serviços para presença online – estão em home offices desde 16 de março. Três meses depois, a perspectiva é de que a equipe permaneça trabalhando a distância até pelo menos o fim de setembro de 2020. Para garantir a segurança de todos e manter o clima positivo dos tempos do escritório, a empresa adaptou rotinas, criou programas e estabeleceu procedimentos para acompanhar os colaboradores durante esse período.
“O home office não era uma prática amplamente disseminada na empresa, mas conseguimos agir rapidamente para montar uma estrutura robusta de trabalho mesmo fora do escritório”, diz Giulianna Boscardin, diretora de Pessoas da HostGator que, no Brasil, fica sediada em Florianópolis (SC). Desde o início, uma das principais preocupações foi proporcionar aos colaboradores as condições – materiais e emocionais – para que pudessem desenvolver suas funções a partir de casa. Por isso, um amplo programa de apoio foi colocado em marcha imediatamente após o início do trabalho remoto.
A iniciativa envolveu algumas frentes. Além de levar para casa todos os equipamentos de que precisavam para trabalhar – como computador, fones de ouvido e cadeira – os colaboradores também passaram a receber um auxílio financeiro mensal adicional para cobrir despesas não planejadas que pudessem ter por conta do home office, como uma conta mais alta de energia elétrica ou de internet. A HostGator também bancou a instalação de internet na casa dos colaboradores que não tinham um plano antes do início do trabalho remoto.
Saúde mental dos colaboradores é prioridade
Outra frente de atuação da HostGator – o Programa Sinta-se Bem – tem como objetivo ajudar os colaboradores a preservar a saúde mental. As aulas de ginástica laboral, por exemplo, que eram realizadas no escritório, passaram a ser oferecidas online e ao vivo duas vezes por semana. A empresa também criou uma atividade semanal de meditação e respiração em conjunto, batizada de “11 minutos contra a ansiedade”. Além disso, atendimento psicológico profissional por meio de uma plataforma online foi disponibilizado para todos os funcionários.
“Sabemos que muitas pessoas sentem angústia, aflição e ansiedade por conta do isolamento social. Por isso, priorizamos ações que ajudassem os colaboradores a se sentirem bem consigo mesmos”, diz Giulianna. A adesão às atividades dá o tom da receptividade da equipe: mais de 60% das pessoas participam das atividades semanais e 40% já buscaram o atendimento psicológico online.
Solidariedade ajuda a gerar engajamento
Outra iniciativa adotada pela HostGator lança mão da solidariedade como um elemento de coesão da equipe. Sendo parte do grupo Endurance International Group, holding americana de negócios da internet, a empresa aderiu à campanha Endurance Gives Back, que propunha a doação de R$ 250 por colaborador a uma instituição de caridade. “Selecionamos três instituições localizadas nas imediações do escritório da HostGator, e cada colaborador podia escolher uma delas para fazer sua doação”, explica Giulianna. “Estimulamos o engajamento na campanha, já que a proposta era de que a doação fosse feita pela empresa, mas em nome do colaborador”.
Contratações continuam. Agora, a distância
As rotinas foram adaptadas, mas o que não mudou foi a demanda da HostGator por novos profissionais. Com os negócios preservados, a empresa continua contratando para diversas funções – desde analistas de suporte até desenvolvedores. Atualmente, há 45 vagas abertas na HostGator. A diferença é que agora todo o processo seletivo acontece online, assim como o recebimento dos novos colaboradores (onboarding), que já começam o trabalho em home office.
Para algumas funções, a HostGator tem dado preferência a listas de indicações de profissionais que foram desligados de outras empresas de tecnologia por conta da pandemia de Covid-19. “Em geral, são profissionais qualificados e com experiência na área de tecnologia”, explica Giulianna. “Quando atestamos que estão conectados com nosso propósito, conseguimos acelerar a contratação, o que é positivo para a gente e também para o profissional, que consegue se recolocar rapidamente”.