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Florianópolis, 25 novembro 2024
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Dono do NB Steak e Maremonti reúne grupo para pedir ajuda ao governo federal

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Fundador do Fogo de Chão e dono dos restaurantes Maremonti e NB Steak, o empresário está à frente da iniciativa que pede ajuda dos bancos e do governo federal para evitar um colapso no setor, diante da crise da Covid-19

Arri Coser, dono de 12 unidades do restaurante italiano Maremonti e de oito do NB Steak – sendo dois deles em Florianópolis (SC), foi um dos articuladores de uma carta aberta às instituições bancárias, que pede crédito para capital de giro para o setor, com garantia dada pelo governo federal e não pelos donos de bares e restaurantes, além de carências e taxas de juros próximas à Selic.

O setor da alimentação fora de casa está sendo fortemente afetado pela quarentena. A estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) é de uma perda de seis milhões de empregos, o que vem levando cozinheiros e empresários a pleitearem ajuda.

Segundo Coser, um grupo de chefs brasileiros já vinha se reunindo virtualmente. Chefs como Jun Sakamoto, Jefferson Rueda, Janaina Rueda, que já é muito atuante, Alex Atala, e também Georges Schnyder (sócio da revista Prazeres da Mesa). “Os restaurantes estavam alavancados antes da chegada do coronavírus. Pensávamos que o Brasil poderia começar a melhorar, estávamos começando a investir, e essa crise nos pegou no contrapé. Os bancos têm que fazer alguma coisa e o governo federal também. Não adianta ser uma lei do município ou estadual. É preciso ter respaldo federal para os bancos darem este capital de giro para o setor. E também estamos pedindo alívio para as concessionárias de luz e água. Colocamos tudo isso numa carta e enviamos aos presidentes dos principais bancos”, explica.

A Abrasel, a ANR (Associação Nacional de Restaurantes), os sindicatos, e o grupo estão pleiteando um valor mínimo, de R$ 1 mil a R$ 1,2 mil para os funcionários do setor ficarem em casa. De acordo com Arri Coser, se todos forem demitidos o custo do governo com seguro-desemprego será bem maior. No NB Steak e Maremonti todos estão com férias coletivas no momento. 

“O Trump já criou uma bolsa de US$ 1 mil para os funcionários do setor, que vai até dezembro. A solução no Brasil também passa por aí. É preciso dar a vacina (financeira) antes de o caos chegar. Os funcionários ganham uma ajuda do governo para ficar em casa, por pelo menos duas, três semanas. E depois vamos vendo quem pode começar a trabalhar, de uma forma escalonada. Que sejam as pessoas mais jovens e saudáveis, em escalas de trabalho. Essa escala aconteceu na época da Segunda Guerra Mundial, agora também estamos vivendo uma guerra e vai chegar um momento em que vamos ter que definir quem precisa ir para o front”, afirma.

Para o empresário não há condições de parar três meses, no máximo três semanas, para começar uma volta escalonada. “Claro que festas, casamentos, esportes vão demorar mais para voltar. Acredito que alguns setores vão voltar primeiro e os restaurantes e os hotéis vão ficar mais tempo em quarentena. Certamente, seremos um dos últimos a voltar a funcionar, mesmo com mesas mais afastadas, com menos funcionários e todos os cuidados necessários”, destaca.