A coleta de dados envolveu pesquisas on-line com moradores da região, em duas etapas (2016 e 2019). Mais de 750 pessoas preencheram os questionários.
Brasil e Itália
O estudo também será aplicado, com a mesma metodologia, na Itália, permitindo também análises comparativas. “Queremos aperfeiçoar o modelo de pesquisa, combinando dados das intenções racionais das pessoas e de seus hábitos de mobilidade”, explica Pietro Lanzini.
“Nosso foco está no comportamento e escolhas individuais quanto ao modo de deslocamento e ajudará, inclusive, na proposição de políticas públicas que considerem não apenas a infraestrutura, o investimento e o tipo de transporte, mas também as escolhas pessoais”, afirma Daniel Pinheiro.
Florianópolis
Com os dados coletados na primeira etapa da pesquisa, em 2016, o grupo chegou a algumas conclusões importantes. A primeira é a de que as pessoas não enxergam opções confiáveis para mudar a maneira como se deslocam pela Capital, principalmente se isso significar deixar o carro na garagem.
Os gestores municipais precisam então fazer escolhas difíceis, especialmente em relação aos meios de deslocamento das pessoas, priorização de espaços e incentivo ao transporte coletivo. “É preciso um novo modelo de mobilidade, com uma maior integração dos anseios econômicos, políticos, sociais e ambientais da cidade”, afirma Pinheiro.
Mais informações
As conclusões do estudo de 2016 foram publicadas em 2017 em artigo científico com resultados parciais (working paper) na Universidade Ca'Foscari de Veneza, Itália (em inglês): Sustainable mobility in Florianópolis: A commuter based empirical investigation.
Mais informações podem ser obtidas com o professor Daniel Pinheiro, da Udesc Esag, pelo e-mail daniel.pinheiro@udesc.br.