Ipuf estuda modelo para evitar congestionamentos no Centro em horários de pico.
Um modelo que está em vigor há 12 anos em São Paulo é estudado em Florianópolis para amenizar os congestionamentos no Centro da capital catarinense. O rodízio de carros começa a ser visto pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) como alternativa para a melhoria do sistema viário.
Pelo modelo, a cada dia fica proibido que determinados veículos circulem nas áreas centrais em horários de pico. Há uma escala que indica qual carro poderá transitar, conforme o último dígito da placa. Por exemplo, automóveis com placas que terminem em 1 e 2 não podem circular nas principais vias da cidade na segunda-feira.
Segundo o diretor de operações do Ipuf, Geovanni Antonio Reis, a medida é motivada pelo rápido aumento do número de veículos em Florianópolis. De acordo com ele, a frota atual é de 251 mil carros e, a cada mês, dois mil novos automóveis são emplacados na cidade.
— Daqui a pouco, as pessoas não conseguirão passar da ponte para entrar na Ilha. Esse movimento triplica no verão. Tudo se encaminha para que o rodízio seja implantado — diz.
Estudos
Em São Paulo, o rodízio proíbe a circulação de 20% da frota (com exceção de veículos com funções essenciais, como correios e transporte urbano e escolar) das 7h às 10h e das 17h às 20h em uma área chamada de centro expandido.
Em Florianópolis, o horário poderá ser diferente. Geovanni afirma que já se pensa em implantar o serviço das 6h às 19h. Segundo ele, como o projeto na capital catarinense é recente, engenheiros do Ipuf ainda estudam quais vias entrariam no sistema.
A fiscalização seria feita por meio de agentes de trânsito. Os motoristas que desrespeitarem a medida serão multados e podem receber pontos na carteira de habilitação.
Publicado; ClicRBS – Diário Catarinanese, em 13/11/2009.