Visitadas por mais de 4 milhões de estudantes, as carretas de Educação Ambiental “Vida Marinha” e “Conhecendo a Amazônia”, desenvolvidas pela professora e bióloga curitibana Cristina Portela, estarão em Florianópolis na próxima semana, nos dias 21 a 26 de outubro, em frente ao Ginásio Carlos Alberto Campos, no bairro Estreito. É a primeira vez que a proposta que consiste em ensinar e sensibilizar a população, promovendo o contato com um numeroso acervo de espécies empalhadas, exibido dentro de carretas que viajam ao longo do Brasil, chega à Capital dos catarinenses.
A vinda do museu itinerante instalado em duas carretas, que reúne mais de 100 espécies de animais, é uma promoção do Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima, do Estreito. Além de levar seus estudantes e os do Colégio Padre Jordan até lá, a instituição estendeu o convite para as crianças da Creche Professora Maria Barreiros, da Coloninha. No sábado (26), o projeto estará aberto também à visitação dos pais e familiares dos dois colégios. Durante os seis dias de exposição, além de conhecer espécies da fauna marinha e amazônica, os participantes poderão entender os processos que levam ao risco de extinção desses animais.
A iniciativa surgiu no Paraná em 2000 e, no decorrer desse tempo, passou a atender alunos das redes pública e privada, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Com uma proposta pedagógica que foge aos moldes tradicionais das salas de aula, as apresentações têm duração de 30 minutos e são feitas por dois biólogos, com linguagem e conteúdo elaborados de acordo com a faixa etária do público.
O projeto “Vida Marinha” é parte de uma tese de doutorado que estuda os impactos sobre a vida animal em regiões portuárias, com um olhar acerca da educação ambiental. O acervo que compõe as carretas dos dois projetos é autorizado pelo IBAMA e é formado por espécies que sofreram com as interferências humanas em seus habitats, como em casos de tráfico de animais, queimadas e acidentes de atropelamento em rodovias. Figuram ainda espécies vitimadas pelo depósito de lixo e esgoto no mar, por derramamentos de petróleo, além de casos de pesca predatória e comercial, práticas muito fortes em localidades litorâneas.
A vinda das exposições itinerantes para a Capital conta ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis, através da Secretaria do Continente, que definiu o local e fará a segurança das carretas.