A frente do Centro Integrado de Cultura (CIC) é a nova casa do peixe articulado produzido pela Autarquia de Melhoramentos da Capital (Comcap) para alertar sobre a poluição no ambiente marinho. A instalação é itinerante e ficará no local até 28 de abril.
O peixe tem dois metros largura, cinco de comprimento e 4,7 m de altura. Foi feito pelos funcionários da Comcap com materiais reaproveitados e integra a campanha da Prefeitura de Florianóplis “A vida marinha não é descartável”.
A alegoria, que desfilou na Passarela do Samba Nego Quirido durante o Carnaval, foi construída na oficina do Centro de Valorização de Resíduos a partir da reutilização de ferro e outras sucatas entregues nos Ecopontos, fantasias de carnaval descartadas pelas escolas de samba, além de CDs e DVDs.
A importância da conscientização se mostra quando os dados sobre a geração de resíduos plásticos são analisados. Em 30 anos, a geração deste tipo de lixo mais do que dobrou em Florianópolis e, atualmente, ele representa 18,50% do material encaminhado ao aterro sanitário e que poderia ter sido separado para a coleta seletiva.
De acordo com a Comcap, por ano, são encaminhadas em torno de 1,5 mil toneladas de plásticos para a reciclagem em Florianópolis. Outras 35 mil toneladas seguem para aterro sanitário, onde levarão até 600 anos para se decompor. Além disso, o plástico jogado nas vias das cidades acaba alcançando o ambiente marinho e provocando grandes danos à fauna.
Em todo o mundo, a Organização das Nações Unidas estima que 25 milhões de toneladas de resíduos são despejadas por ano nos oceanos. Em torno de 60% a 80% desse lixo são materiais plásticos.