A complexidade da prova é o que atrai os competidores, que seguirão por paisagens com estradas de terra, trilhas, mata, montanha, dunas e ainda 20 praias. A prova tem 18 postos de troca, com distâncias entre 4 e 16 km em diferentes graus de dificuldade. Vans, carros e motos também auxiliam no transporte dos atletas neste percurso.
“É uma prova diferente, vibrante, desafiadora, que exige estratégia e planejamento na escalação de cada membro da equipe”, comenta Carlos Duarte – criador e organizador da Volta à Ilha, que é promovida pela Eco Floripa Eventos Esportivos. Segundo ele, os distintos percursos e a condição física de cada atleta estimula o espírito de companheirismo e colaboração mútua no grupo.
Percursos
A saída será do trapiche da Avenida Beira-Mar Norte e segue fácil até o bairro João Paulo. Depois, em direção a SC-401 inicia o percurso difícil. O ritmo se torna moderado entre as praias de Santo Antônio de Lisboa, Daniela e Jurerê Internacional. A Cachoeira do Bom Jesus para a Praia Brava já considerado um trajeto muito difícil. O nível da resistência diminui um pouco ao passar pelas praias Brava e Ingleses.
Em seguida, a corrida se intensifica com outros percursos muito difíceis, como a praia do Santinho, Moçambique, Joaquina, Novo Campeche e Armação. O Morro do Sertão é ponto mais difícil e temido da prova. Após, os corredores se dirigem à Tapera, Via Expressa Sul e o ritmo diminuiu próximo à chegada, no trapiche da Avenida Beira-Mar Norte.
Turismo esportivo
Aproximadamente R$ 12 milhões são deixados em Florianópolis com a corrida Volta à Ilha, segundo pesquisa feita pela Eco Floripa. A maioria dos quatro mil competidores se desloca de avião (68%) e eles não vêm sozinhos, quase todos trazem algum acompanhante para a viagem. Como boa parte dos atletas é de fora de Florianópolis, 81% se hospedam em hotéis. Tradicionalmente, São Paulo é o estado mais participativo do Brasil na Volta à Ilha, somando 25% do total de vagas.
Como começou
Em 1996, depois muitas voltas à Ilha de Santa Catarina, a prova foi criada. No início eram somente 22 equipes, hoje já são 400. As inscrições eram feitas pessoalmente ou por fax, já que não havia internet e celular. Durante muitos anos, a apuração dos resultados foi feita manualmente, pois não havia ainda os chips e o GPS. O percurso sofreu mudanças para se adaptar ao crescimento da cidade, mas o principal não se perdeu: a volta à Ilha.