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Florianópolis, 24 novembro 2024

Teatro da UFSC recebe o espetáculo “As três irmãs”

VariedadesTeatro da UFSC recebe o espetáculo “As três irmãs”
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Nos dias 06, 07 e 08 de novembro, sexta, sábado e domingo, às 20 horas. Gratuito e aberto à comunidade.

Na comemoração dos 30 anos do Teatro da UFSC, a próxima atração do mês de novembro será a peça teatral “As três irmãs” da Traço Cia. de Teatro. Nos dias 06, 07 e 08 de novembro, sexta, sábado e domingo, às 20 horas. Gratuito e aberto à comunidade.

O Departamento Artístico Cultural da UFSC – DAC, em comemoração dos 30 anos do Teatro da UFSC, organizou uma programação especial, com vários espetáculos da cidade para este ano. São 13 peças que se apresentarão no palco do teatro até dezembro deste ano. A abertura da temporada aconteceu em maio.

Os ingressos são gratuitos, quem quiser garantir o seu poderá retirá-lo com antecedência no DAC/Teatro da UFSC, nas vésperas do espetáculo, quinta e sexta-feira, das 14 às18 horas. Por se tratar de espetáculo gratuito, os ingressos garantirão o acesso ao teatro até às 20 horas. Após esse horário, os eventuais lugares vagos serão liberados para o público excedente.

Veja o blog com a programação comemorativa completa, textos sobre os espetáculos e breves textos históricos sobre o Teatro da UFSC pelo site www.dac.ufsc.br.

Sobre a peça:

O espetáculo, fruto da pesquisa de mestrado desenvolvida pela diretora, Marianne Consentino, em Prática Teatral pela ECA/USP e montada em parceria com a Traço Cia. de Teatro, é uma livre adaptação da peça “As três irmãs”, de Anton Tchékhov.

Escrito em 1900, o texto de Tchékhov discorre sobre o desejo das irmãs Olga, Maria e Irina em retornarem à terra natal, Moscou, de onde saíram com o pai, um general militar, há onze anos. Toda a ação se passa na casa das irmãs, localizada em uma cidade provinciana.

Mais importante que o plano dos acontecimentos, porém, é a ligação que o autor estabelece entre o cotidiano da vida humana e a eternidade. Tchékhov confronta a todo o momento o plano da vida material com o da vida espiritual, a fim de revelar que a existência que não é iluminada pela busca da verdade e da beleza não tem sentido.

Assim, na peça de Tchékhov, o conflito que se estabelece não é entre as personagens, mas entre dois diferentes tipos de vida: o das três irmãs, que buscam a verdade e a beleza e o do restante das personagens, que representam um tipo de viver vulgar e trivial, no qual rege somente o bom senso material.

É através da natureza das irmãs que encontramos um elo com o clown, a linguagem teatral que é a base técnica para o desenvolvimento de nossa montagem. Assim como elas, o clown representa um outro modo de vida, pautado na liberdade e na poesia.

Em “As Três Irmãs”, entretanto, o que se vê não são três clowns em cena, mas três atrizes que buscam o estado de clown: um estado de afetividade, de poesia e de exposição das fragilidades. Neste caminho recorremos às deformações físicas típicas dos bufões que, assim como o nariz vermelho dos clowns, representam a somatização das deformações humanas interiores, das dores da humanidade.

No processo de montagem “Moscou” ganhou o nome de “Winston”, o que foi mantido no espetáculo, pois não trabalhamos com as referências culturais e geográficas da Rússia.

Nosso intuito é evidenciar as particularidades de cada irmã, sua maneira própria de ser e de se relacionar com o mundo, promovendo, enfim, o encontro entre estas figuras tão peculiares e as pessoas do público.

Sobre o grupo:

A Traço Cia de Teatro foi criada em agosto de 2001. Está vinculada à Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), instituição que acolhe e apoia o grupo. Nesse tempo montou “Último Dia Hoje”, um espetáculo de sombras, com dramaturgia de Valmor Betrame e Marianne Consentino, direção de Valmor Beltrame. Concebeu, posteriormente, o espetáculo “Fulaninha e Dona Coisa” (de Noemi Marinho, adaptação André Silveira), direção Marianne Consentino, que participou de vários eventos entre eles, o X Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, onde recebeu o prêmio da categoria “Atriz de Rua” para Débora de Mattos e o prêmio de melhor trilha sonora para Neno Miranda. O segundo espetáculo na categoria de rua concebido pelo grupo foi “O Chamado da Nota” (adaptação do Rei da Vela de Oswald de Andrade), direção de Débora de Matos, que trabalha a comédia farsesca através do teatro de rua. Em 2005 concebeu o espetáculo “Mulher de Corpo em Cheiro” (de Toni Edson), direção Greice Miotello e Paula Bittencourt, que participou de vários eventos entre eles o XIII Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, da mostra cultural da Eletrosul e Celesc e do Festival de Teatro de Curitiba/2007.

O Grupo participou dos Projetos de “Dramaturgia”, “Poesia ao Pé da Lua” e “História ao pé da Rua” do SESC Santa Catarina. O grupo realizou também outras performances tais como: Conversa no Chafariz (Karl Vallentin); Auto da Estrela Guia (produzido pela produtora Aprika), todos concebidos na linguagem do Teatro de Rua. Atualmente está com os espetáculos “As Três Irmãs” uma livre adaptação da peça “As Três Irmãs”, de Anton Tchékhov que é fruto da pesquisa prática desenvolvida pela diretora Marianne Consentino sobre a técnica do clown em seu mestrado realizado na Universidade de São Paulo (USP) que participou de alguns eventos entre eles: Festival de Teatro de Curitiba de 2007 na mostra Fringe, entre mais de 180 espetáculos da mostra, o jornal a Folha de São Paulo indicou 5 espetáculos para serem assistidos e entre eles estava “As Três Irmãs” e em outubro de 2007 participou do 9º FETEAG – Festival de Teatro Estudantil do Agreste e 6º FESTEP – Festival de Teatro do Estudante de Pernambuco em Caruaru como grupo convidado; E o espetáculo “Fulaninha e Dona Coisa” de Noemi Marinho que participou II Mostra de Teatro de Rua da Grande Florianópolis realizado pelo grupo Teatro em Trâmite aprovado pelo projeto da Funarte e patrocinado pela empresa Petrobrás (Petróleo Brasileiro S/A).

Selecionado para o 22° Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau, em 2008, com os espetáculos “Fulaninha e Dona Coisa” e “As Três Irmãs”, este no qual ganhou os prêmios de Melhor Atriz para Paula Bittencourt, Melhor Direção para Marianne Consentino e Melhor Espetáculo. Foi convidado para o circuito EmCena Catarina do SESC-SC, com o espetáculo “As Três Irmãs” realizando apresentações em 18 cidades catarinenses. Outras 08 cidades catarinenses receberam o espetáculo “As Três Irmãs”, através do projeto Circulando CEART/UDESC, que contou também com a apresentação da peça “Fulaninha e Dona Coisa”.

No ano de 2009, o grupo foi convidado para apresentar seus dois espetáculos no Janela Indiscreta – Plataforma internacional de criação universitária – Festival de Performance e Artes da Terra – Escrita na Paisagem, em Évora, Portugal. Além disso, foi selecionado para 14º Festival de Teatro da Federação Catarinense de Teatro (FECATE), para o Festcal – Festival Nacional de Campo Limpo/SP, e para o XXXIII Festival Nacional de Pindamonhangaba/SP, no qual recebeu os prêmios de Melhor pesquisa, Prêmio especial do Júri, para os músicos, e as indicações de melhor atriz para Débora de Matos e Paula Bittencourt e melhor direção para Marianne Consentino; Convidado para a II Mostra Sesc de Teatro de Pelotas e para a 8ª edição do Goiânia em Cena – Festival internacional de Artes Cênicas .