Mais uma vez o setor produtivo é penalizado com o aumento de impostos, agora com o reajuste nos tributos sobre os combustíveis, anunciado nesta semana e autorizado para vigência imediata. A decisão, equivocada no ponto de vista da Federação das CDLs (FCDL/SC), só provoca a sobrecarga em segmentos como o varejo. "Não temos mais condições de arcar com aumentos de impostos para solucionar questões do governo federal, sabendo que os cortes necessários para enxugar a máquina não estão sendo feitos", alerta Ivan Tauffer, presidente da entidade.
A decisão do governo federal em aumentar os tributos sobre a gasolina, o etanol e o diesel tem o objetivo de arrecadar R$ 10,4 bilhões para cumprir a meta fiscal, estratégia com viés errôneo, na concepção das lideranças varejistas catarinenses. Ao elevar estes insumos, haverá repasse do custo do transporte no valor final dos produtos, que deverão chegar mais caros às prateleiras em pouco tempo.
Tauffer alerta que o brasileiro já sofre com o enfraquecimento do poder aquisitivo nos últimos anos, situação agravada e mantida com a atual crise politica. A consequência disto é o inevitável efeito sobre quem está na linha final do consumo:o comprador. "O empresário não tem mais como absorver aumento de encargos tributários. Qualquer reajuste impactará no preço final, encarecendo os produtos e deixando os consumidores sem poder de compra", lamenta o dirigente.