Em reunião convocada pelo Fórum de Turismo (Fortur) de Santa Catarina, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, afirmou que vai recorrer de todas as demolições de empreendimentos turísticos determinadas pela União na capital catarinense e colocou a Procuradoria do Município à disposição dos empresários para eventuais ações conjuntas. O encontro, occorrido na noite da última segunda-feira, 5, na sede da OAB/SC, teve a presença de mais de cem donos de bares, restaurantes e hotéis de Florianópolis.
Entre os principais ameaçados pelas demolições estão os beach clubs de Jurerê Internacional. Pesquisa de 2016 realizada pelo Instituto Mapa revela que 92% dos moradores de Jurerê são contrários às demolições destes estabelecimentos, uma vez que eles têm licenças ambientais regularizadas.
O caso já está pronto para ter seu mérito julgado pelos desembargadores da 3ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em Porto Alegre, que em novembro decidiram por unanimidade manter a liminar que suspendeu a demolição.
O Fortur, que reúne 13 entidades de Turismo em Santa Catarina, também decidiu iniciar movimentos públicos de protesto contra as demolições. Presente à reunião, o secretário de Turismo de Santa Catarina, Leonel Pavan, também reforçou suas solidariedade ao movimento. “Se demolirem um estabelecimento aqui em Florianópolis, daqui a pouco vão demolir em Itajaí, Balneário Camboriú e no Estado todo”, disse Pavan.
O vice-prefeito João Batista Nunes será o interlocutor dos empresários ameaçados junto ao procurador-geral Diogo Nicolau Pitsíca. “Temos que apressar porque as demolições podem começar semana que vem”, disse Nunes. No próximo dia 16, o TRF4 julga o pedido de demolição do Recantinho da Barra da Lagoa, tradicional restaurante da orla de Florianópolis.
