Com inauguração prevista para o fim de maio, o Blackpot, nova opção gastronômica de Florianópolis, vai funcionar no casarão histórico localizado na rua Victor Konder, no Centro. O empreendimento, com participação dos sócios do restaurante Indaiá, em Itapema, terá como carro-chefe um vasto menu de fondues
Tombado como patrimônio histórico em 1986, estima-se que o imóvel foi construído no início do século XX, entre os anos de 1915 e 1916, sendo uma residência particular até 1968.
Hoje uma propriedade da Fundação Vidal Ramos, que tem sua sede também na rua Victor Konder, o imóvel já foi um convento por mais de 30 anos (residência das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado) e, mais tarde, uma escola do Ministério Público (a partir de 2004).
Arquitetura
O imóvel tem 423 m² de área construída, no estilo Eclético – caracterizado pela mistura de estilos passados, com origem na Europa do século XIX, principalmente na França e na Inglaterra. O estilo Eclético tem influências do barroco, arte oriental, clássico e também art décor e art nouveau.
História
Quem construiu o casarão no antigo bairro Mato Grosso, atual Centro de Florianópolis, foi Miguel Tertschitsch, de origem austro-húngaro (atual Iugoslávia). A casa foi construída em uma atmosfera romântica: Miguel quis presentar (e surpreender) a noiva e futura esposa, Tereza, com um novo e confortável lar. No ano seguinte de sua construção, Tereza desembarcou no Brasil, vinda da Europa, especialmente para o casório; e assim o prédio abrigou a família por longos anos.
Miguel Tertschisch foi cônsul do império austro-húngaro durante a primeira Guerra Mundial; em Florianópolis, também construiu o antigo Hotel Metropol, na rua Conselheiro Mafra, e foi proprietário de uma fábrica de móveis onde hoje está o edifício Dias Velho, na rua Felipe Schmidt.
Restaurante
O Blackpot terá como carro-chefe um vasto menu de fondues. Quem está à frente da operação são os sócios do Indaiá Restaurante, que há 10 anos vem contribuindo para a disseminação do fondue em Santa Catarina, e um grupo de investidores privados.
Local já está sendo preparado para a inauguração (foto: Carmelo Cañas)
“Queríamos encontrar um imóvel que representasse a importância e qualidade do que estamos fazendo. Revitalizamos um imóvel histórico, com uma história muito bonita e romântica, que está situado em uma das vias mais acessíveis e bem visitadas da capital. Não temos dúvida de que a soma entre local, proposta e espírito empreendedor podem entregar algo sensacional”, explica Gabriel Piffer, um dos sócios, sobre a escolha do local.
A casa, prevista para inaugurar no final de maio, promete ser o mais novo hotspot do centro, com carta de vinhos diferenciada com preços acessíveis e um cardápio jovem e informal.