Será defendida na próxima semana, dia 15 de setembro de 2009, às 14h30, na UFSC, setor de comunicação e expressão, a primeira tese sobre Mazagão Velho.
Trata-se de uma cidade que, segundo o autor, atravessou o oceano atlântico. A cidade foi transferida primeiramente do Marrocos para Portugal, depois de Portugal para Belém, no Pará até chegar às margens do Rio Mutuacá, região do baixo Amazonas, próximo às Guianas Inglesa e Francesa unificadas.
A cidade, de nome Mazagão Velho, conserva o mesmo nome desde o Marrocos. Esta é a primeira tese de doutorado defendida no Brasil sobre esta comunidade que possui cerca de 12 mil pessoas. Contrariando o que muita gente pensava, a tese prova a existência de negros, e muitos, na Amazônia desde o século 18.
Costumeiramente se pensava que os negros entraram no Brasil via Bahia, mas esta tese desmonta, com dados, este paradigma. O autor da tese, que já é autor de mais de 20 outros livros, tem paixão por histórias e descobertas. Sua tese foi desenvolvida sem qualquer patrocínio, bolsa de estudo ou ajuda financeira. Contou apenas com recursos próprios e muita força de vontade.
A tese, que certamente sairá em livro, brevemente, traz entrevistas, fotos, relatos e toda a composição de uma comunidade que vive como 300 anos atrás se vivia no Marrocos. “Eles não são marroquinos, não são português, não são índios, não são brasileiros. São diásporas”, completa o autor.
Mais informações e contato para entrevistas: Geraldo Peçanha de Almeida, nos telefones: (41) 3434-4446 e 9178-5857 ou através do e-mail gpalmeida@uol.com.br
SERVIÇO
DEFESA DE DOUTORADO: Mazagão Velho: performance e oralidade no Baixo Amazonas
Quando: 15/09/2009
Horário: 14h30
Local: UFSC – sala de defesas do prédio do CCE