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Florianópolis, 28 novembro 2024
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Veja as fotos vencedoras do concurso de fotografias sobre Florianópolis

VariedadesVeja as fotos vencedoras do concurso de fotografias sobre Florianópolis
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O concurso fotográfico “Registre Antes que Desapareça”, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) já selecionou as fotos vencedoras nas categorias amador e profissional. Veja as fotos vencedoras no fim da matéria. 

Na categoria amador, as escolhidas foram Reflexo do Passado, de Yone Araújo Teixeira, em primeiro lugar; Até Quando, de Cristiano Canabarro Forte, em segundo lugar; e Casa da Dona Louquinha, de Jhonatas Silveira, em terceiro lugar.

Entre os profissionais, A Benzedeira do Sertão, de Elisa Januário Ferreira, ficou em primeiro; Camaradagem, de Nicolas Farjo Cintra, em segundo; e Há Vida Na Ponte, de Paulo Knoll, em terceiro lugar (confira a descrição completa das imagens na lista abaixo). O primeiro colocado na categoria profissional receberá R$ 1600,00 (R$ 1200,00 para o segundo e R$ 800 para o terceiro), já o prêmio para o vencedor na categoria amador é de R$ 800,00 (R$ 600,00 para o segundo colocado e R$ 400,00 para o terceiro).

Realizado em comemoração ao centenário da entidade, o concurso buscou a valorização da cultura, da história e das belezas naturais de Florianópolis. Segundo o coordenador da iniciativa, Gerson Appel, “o concurso seguiu a linha dos eventos do centenário, de resgatar a memória e o cuidado com as coisas de Florianópolis”, diz.

Para o presidente da ACIF, Sander DeMira, são imagens que capturam a essência da cidade e as tradições de seus moradores. “Na semana em que a Capital completa 343 anos é uma satisfação para a ACIF poder apresentar registros de uma cidade inovadora e que olha para o futuro, mas que também sabe se orgulhar das suas raízes”, destaca.

O julgamento dos participantes levou em conta três critérios: o valor histórico da imagem; a criatividade e a originalidade. A avaliação foi feita por um grupo de jurados selecionados pela ACIF. Cada participante pôde participar com uma única fotografia. As fotos vencedoras serão expostas em maio, junto à outra grande exposição, que trará os destaques dos 100 anos da ACIF.

 Vencedores concurso “Registre Antes que Desapareça”

Categoria Profissional

1º Elisa Januário Ferreira

Título: A Benzedeira do Sertão

Descrição: Há algumas décadas, nem todos procuravam médicos ou hospitais quando adoentados. Muitos manezinhos, principalmente do interior da ilha, buscavam ajuda das benzedeiras. Está da foto é a Dona Terezinha, que quando mais nova morava no Sertão do Pantanal/Trindade e benzia, sem custos, quem lhe pedisse ajuda. Os casos mais recorrentes que lhe apareciam era os de "zipra" e "embruxamento". Então, com rezas específicas para cada tipo de problema, um ramo verde em uma mão e um potinho com óleo e algodão na outra, desfazia os feitiços das bruxas, as "zipras" e outros males. Hoje, infelizmente, a "benzedura" é uma prática quase que esquecida, inclusive pela Dona Terezinha que, aos 83 anos, força a memória para se lembrar de todas as palavras das rezas.

2º Nicolas Farjo Cintra

Título: Camaradagem

Descrição: Senhores se fitando durante uma puxada de rede na Barra na época da tainha.

3º Paulo Knoll

Título: Há vida na ponte

Descrição: Enquanto estamos impossibilitados de utilizar a Ponte Hercílio Luz, espontaneamente a vida vai surgindo e sugerindo o inicio de um grande e suspenso 

 Categoria Amador

 1º Yone Araújo Teixeira

Título: Reflexos do passado

Descrição: Fachada da Catedral Metropolitana refletida em prédio moderno e com fachada de vidro azul

 2º Cristiano Canabarro Forte

Título: Até quando

Descrição: Um olhar anônimo para um futuro incerto

 3º Jhonatas Silveira

Título: Casa da Dona Louquinha – Costa da Lagoa

Descrição: Casarão construído por escravos, por volta de 1780, na Costa da Lagoa, é uma das casas mais antigas de Florianópolis, localizada às margens da Lagoa da Conceição, local onde foi estabelecida uma das primeiras freguesias de açorianos no séc. XVIII, acessível apenas por trilha ou barco. Segundo Caruso (2011), os últimos moradores da casa eram uma senhora viúva, um ex-escravo e uma senhora solteira, recebiam as pessoas que passavam pela trilha oferecendo café e biju. Apesar de casa ser um patrimônio histórico de Florianópolis, hoje se encontra em ruínas que com o passar do tempo desaparecerá.