O professor Carlos Brisola Marcondes, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falou ao New York Times e à Science News sobre a proliferação do Zika, o combate à reprodução do Aedes aegipty e as consequências neurológicas para os fetos quando o vírus infecta mulheres grávidas. As informações são da Agecom.
O texto do New York Times fala de novas estratégias para o enfrentamento do mosquito, com recursos de engenharia genética. Menciona também a recomendação a que mulheres evitem ir a áreas infestadas se estiverem grávidas, e a reavaliação a respeito do uso do inseticida DDT, após este ter sido banido em vários países por seus danos ao meio ambiente. Marcondes alerta para a gravidade da situação atualmente.
Na matéria da Science News, ele observa que a possibilidade de o Zika causar danos cerebrais em fetos não surpreende, dados os efeitos observados em laboratório e, ocasionalmente, em adultos infectados. Reafirma também que, para o país se livrar do Zika, Chukungunya, dengue e febre amarela – é fundamental se livrar do mosquito. A reportagem classifica o presente surto do Zika como possivelmente o mais assustador a ser causado por um vírus tropical, por causa da ligação com a microcefalia.
Carlos Brisola Marcondes
Marcondes atua na área de Parasitologia, com ênfase em Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores. Ele pertence ao corpo editorial de Terrestrial Arthropod Reviews e Life: the excitement of biology e colabora como revisor ad hoc de 32 periódicos científicos ou agências financiadoras, na área de entomologia médica, especialmente em Culicidae e Phlebotominae, e também em moscas e triatomíneos, além do CONICET (Argentina), CNPq, FACEPE e FAPESC.