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Florianópolis, 30 novembro 2024
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Florianópolis já teve mais de 50 mil imóveis vistoriados contra o Aedes aegypti

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A varredura casa a casa em áreas onde foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, iniciada há pouco mais de 20 dias, já passou por mais de 50 mil imóveis, em Florianópolis. A ação envolve agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, com apoio das Forças Armadas, que passam de porta em porta para orientações sobre a eliminação dos criadouros. As informações são da assessoria de imprensa da PMF. 

 Em 43 mil desses imóveis, a ação é mais contundente – são os quatro bairros mais infestados e considerados de alto risco para transmissão da doença – Monte Cristo, Coloninha e Capoeiras, no Continente, e Canasvieiras, no Norte da Ilha.

 Os agentes comunitários de saúde fazem as visitas, eliminação dos depósitos de água parada, identificação de onde é necessário retorno para aplicação de larvicida e de locais de difícil acesso. Nas áreas consideradas de baixo risco, em que não há infestação do mosquito, os agentes passam orientações e identificam situações onde há risco de se tornar foco do Aedes aegypti.

 Também há ações de orientação a lideranças comunitárias, como a ocorrida nesta semana no Continente.

 Números

Embora não tenha registrado casos autóctones dessas doenças até o presente momento, Florianópolis encontra-se especialmente vulnerável, seja pela grande e crescente quantidade de focos, seja pelo aumento de pessoas infectadas nos primeiros meses do ano (moradores viajando ou turistas vindos de áreas de transmissão). “O histórico da dengue em todo o País nos mostra que o poder público, sozinho, não é capaz de afastar a epidemia. A população também é responsável por eliminar os focos do mosquito”, afirma o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior.

 A capital catarinense segue sem registros de contaminação de dengue, zika ou chikungunya dentro do próprio território. Como Florianópolis não é área de transmissão dessas doenças (dengue, zika ou chikungunya), não se justifica nenhuma ação restritiva à gestação no momento. O município está atuando em uma grande sensibilização dos serviços de saúde para que identifiquem e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito, o que tem sido monitorado de perto pela Vigilância Epidemiológica.

 Em Florianópolis, foram registrados 254 focos em 2015, sendo 83% na Região Continental. Em 2016 já foram identificados 42 focos, dos quais 41 estão no Continente. Foram confirmados 7 casos de dengue em 2016, todos contraídos fora do município, e outros 117 estão em investigação. A Capital tem um caso confirmado de zika, também contraído fora, 17 em investigação, e outros 9 sendo analisados para chikungunya.

 Histórico

Desde o verão passado, quando Itajaí registrou os primeiros casos autóctones da doença, Florianópolis criou o Programa de Combate à Dengue. Já a sala de situação municipal, envolvendo as principais secretarias da Prefeitura de Florianópolis, a Comcap e outras entidades parceiras, foi instalada em outubro de 2015, três meses antes da determinação do Ministério da Saúde.

 Entre tratamento em áreas de foco e denúncias encaminhadas à Ouvidoria, a Prefeitura de Florianópolis atende a mais de 30 mil imóveis por mês. Vinte mil deles são decorrentes dos trabalhos de tratamento em áreas de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A este número, que cresce a cada dia, somam-se as denúncias feitas à Ouvidoria, pelas redes sociais, além dos chamados pontos estratégicos (floriculturas, cemitérios, borracharias e ferros-velhos, entre outros), os pontos onde há armadilhas para o vetor e as visitas a locais onde são detectados casos suspeitos da doença.