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Florianópolis, 22 janeiro 2025

80% dos casos de viroses em Florianópolis não estão ligados ao banho de mar, diz pesquisa

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A Secretaria de Saúde de Florianópolis divulgou nesta terça-feira, 19,  que 80% dos casos de virose registrados neste verão nas praias da Capital não estão ligados aos problemas de balneabilidade de algumas praias da Ilha. O resultado, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, é fruto de um trabalho de pesquisa feito pelos epidemiologistas da Secretaria de Saúde nos últimos 15 dias. 

Segundo estes especialistas, as pessoas podem estar deixando de lado os cuidados com a manipulação e higiene dos alimentos e apenas 20% das pessoas que chegaram às unidades de saúde com vômito e diarreia se banharam na Praia de Canavieiras. 

De acordo com o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior, os dados mostram a gravidade de querer estabelecer uma ligação das viroses com banho de mar. "A pesquisa não encontrou até agora apenas um fator isolado,  mas provavelmente o aumento dos casos de doenças diarreicas está relacionada a manipulação de alimentos e o contágio pessoa a pessoa”, explica.

Entre os vilões, de acordo com a secretaria da Saúde estão: queijo coalho, choripan , espetinhos e castanhas. Aliás, todos aqueles que forem vendidos por ambulantes são proibidos. Como alerta o secretário de serviços públicos Eduardo Garcia.

“Credenciados, ou seja, aqueles que receberam treinamento sobre manipulação de alimentos são os que vendem chope, batidas, água de coco e picolé, todos os demais são proibidos, inclusive o milho verde, que aparentemente parece uma opção saudável na praia”, afirmou.

O secretário orienta aos banhistas que só consumam alimentos vendidos nas barracas credenciadas e com restrições.“Mesmo nas barracas eles não possuem autorização para manipular alimentos, ou seja, fazê-los ali na hora”, diz.

Um caminhão de alimentos apreendido

E não são poucos os casos registrados pela Sesp desde o início da temporada. Já foram cerca de 10 caminhões lotados de produtos ilegais, sendo um deles somente de alimentos.

“Aprendemos carrinhos e tudo oque não se pode consumir na praia. As pessoas precisam entender que estes produtos não possuem procedência, nem armazenamento e manipulação adequados, por isso, muitos acabam passando mal”, diz.

Um cuidado que vêm de casa

Segundo dados da Secretaria de Saúde, nesta semana o número de casos caiu 12% , o que não diminui o alerta que a população precisa ter dentro de casa.

“Se alguma pessoa da família começou com quadro de vômitos ou diarreia ela não deve mais manipular alimentos e deve lavar muito bem as mãos após utilizar o banheiro. As duas principais causas de doenças diarreicas são por causa alimentar e por transmissão de pessoa para pessoa”, explica o médico e secretário de Saúde, Daniel Moutinho.

Para não passar mal, atenção aos cuidados:

– Não consumir alimentos de ambulantes nas praias;

– Lavar muito bem as mãos , os alimentos e não consumi-los crus;

– Evitar deixar alimentos expostos fora da geladeira;

– Evitar deixar a geladeira muito cheia ou abrir constantemente.  Isso reduz a temperatura e a validade dos alimentos;

– Na rua observar onde consumir os alimentos. Verificar se o restaurante tem autorização da vigilância;

– Não consumir de maneira alguma queijo coalho ou choripan.