O prefeito Dário Berger, o vice-prefeito João Batista Nunes, e secretários municipais conheceram na manhã desta quinta-feira, (20/08), a técnica de uma empresa dinamarquesa especializada na construção de túneis imersos (IMT) em todo o mundo, que poderá ser a solução para uma quarta ligação entre a Ilha e o Continente. O engenheiro civil Jorgen Holst, da Cowi Tunnel, detalhou os diferentes tipos e tecnologias para esses equipamentos, que já funcionam ou estão em fase de construção em 80 países.
O túnel subaquático faz parte do projeto Eixo Norte, uma via com dez quilômetros de extensão que ligará a avenida Beira-mar Norte com a BR-101 se tornando mais uma opção de entrada e saída da Ilha de Santa Catarina. Conforme o secretário de Obras, José Nilton Alexandre, a obra tem prioridade numero um para o prefeito e todas as alternativas técnicas estão sendo estudadas. A quarta ligação Ilha-Continente através de uma nova ponte enfrenta o problema do impacto de vizinhança com a ponte Hercílio Luz, tombada como patrimônio da humanidade. A solução para evitar esse impacto seria um túnel imerso ligando a Beira-mar Norte com a Beira-mar Continental.
O Eixo Norte é considerado pelo Prefeito Dário Berger fundamental para dividir o tráfego que obrigatoriamente flui pelas Pontes Colombo Salles e Pedro Ivo para entrar e sair da Ilha. Nos horários de pico essas vias estão saturadas e os congestionamentos inevitáveis. O novo complexo viário dividirá o acesso à parte insular da cidade, além de ser uma alternativa para o transporte coletivo, melhorando a mobilidade urbana da Capital.
Na sua explanação o engenheiro dinamarquês mostrou alguns dos túneis imersos já em funcionamento no mundo, dando destaque ao túnel de Oresund, que liga a Suécia à Dinamarca. Com quatro quilômetros de extensão o equipamento foi inaugurado em 2000. Jorgen Holst explicou que os túneis em concreto são montados em bloco e assentados sob o leito de rios, canais e no mar sem a necessidade de perfuração de rochas, o que aumenta em muito a profundidade. Essa é uma técnica usada com segurança há cerca de 70 anos. Conforme ele, não há limitações ambientais para a construção de um IMT e alguns funcionam a 40 metros de profundidade. No caso do canal entre a Ilha e Continente se estima que a profundidade máxima seja de 15 metros.
