A Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio-SC) divulgou na tarde desta terça-feira, 3, um comunicado com a posição oficial da entidade sobre a autorização da ANEEL à Celesc para um reajuste médio de 3,61% na tarifa da energia elétrica no Estado, a partir de sexta-feira, 7.
Confira a íntegra do comunicado:
"A conta de luz terá novo um aumento médio de 3,61% em Santa Catarina. O reajuste nas tarifas da Celesc foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira e já era esperado. Os novos valores serão aplicados a partir desta sexta-feira, dia 7 de agosto. Serão afetadas 2,7 milhões de unidades consumidoras.
"Este aumento se soma aos reajustes que a energia elétrica já enfrentou no início do ano, período em que ela ficou 34% mais cara devido ao fim dos aportes do Tesouro à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Também no fim de 2014, houve adoção de bandeiras tarifárias de acordo com o custo de produção da energia, mais um fator que encareceu a conta de luz para o consumidor final.
"A Fecomércio SC avalia que os repetidos aumentos da energia elétrica prejudicarão ainda mais o setor produtivo do país, aquele que mais consome energia elétrica, e que já é penalizado pela inflação alta e persistente. Em Santa Catarina, que já paga uma das maiores tarifas do país, o impacto será mais forte, reduzindo a competitividade do Estado e forçando o empresário a repassar para o consumidor o aumento dos custos.
"Porém, num contexto de retração das vendas – o pior resultado desde 2003 – e desaceleração da renda das famílias, o repasse fica comprometido, prejudicando os investimentos no setor e a saída do país deste cenário de queda no crescimento econômico. Além disso, aumentos como esse poderiam ser evitados caso as obras em andamento tivessem terminado. No Brasil, existem 272 projetos de infraestrutura energética atrasados, o que já gerou um prejuízo de R$ 65,4 bilhões ao país e forçou o aumento da energia elétrica em até três vezes, desde 2006.
"A Fecomércio SC considera importantes medidas que promovam a economia de energia, mas elas não podem vir através do aumento dos custos, como é o caso das bandeiras tarifárias, que penaliza aqueles consumidores que mais consomem. Portanto, diante desse cenário, reforça-se a necessidade de adoção de políticas de eficiência energética. A entidade já vem trabalhando no sentido de difundir cada vez mais essas políticas."