spot_imgspot_img
Florianópolis, 21 dezembro 2024
spot_imgspot_img

Professora lança livro sobre Roberto Arlt e Francisco Goya nesta quarta-feira

VariedadesProfessora lança livro sobre Roberto Arlt e Francisco Goya nesta quarta-feira
spot_img

Mestrado em Economia será novo curso de pós-graduação da Udesc Esag

Universidade agora tem um ano para implantar o curso A...

Presentes de Natal que cabem no bolso

Confira cinco sugestões criativas e acessíveis para encantar neste...
spot_img
spot_img

Compartilhe

O livro "Roberto Arlt & Goya: crônicas e gravuras à água-forte", de Eleonora Frenkel, será lançado nesta quitna-fera, 6, às 19h, no Museu Victor Meirelles. A publicação sai pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC).

Para marcar o lançamento, além de sessão de autógrafos, a autora fará uma palestra sobre Roberto Arlt e o grupo Artistas do Povo, de Buenos Aires, e a sua ligação com as imagens de Francisco Goya.

Filho de imigrantes alemães e italianos, Roberto Arlt (1900-1942) nasceu e morreu em Buenos Aires. Sua obra como cronista, dramaturgo e romancista influenciou decisivamente a literatura latino-americana e está na origem do trabalho de autores como Gabriel García Márquez, Ricardo Piglia e César Aira. 

Francisco Goya (1746-1828) é considerado o mais importante pintor espanhol dos séculos 18 e 19. Ao longo de sua extensa e produtiva carreira, o artista abandonou a leveza e o otimismo dos primeiros anos para abraçar o mais profundo pessimismo, sempre com um caráter ácido.

É esse aspecto que aproxima a obra de Arlt e de Goya. Não por acaso, o portenho chamava suas crônicas de “águas-fortes” (ele chegou a escrever “águas-fortes cariocas” durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, entre abril e maio de 1930), termo que vem das artes plásticas e que remete a uma técnica que utiliza o ácido como agente corrosivo. 

Arlt também se relacionava com artistas plásticos modernistas de Buenos Aires, com destaque para o grupo conhecido como Artistas do Povo (Facio Hebequer, Adolfo Bellocq, entre outros). Em suas gravuras, esses artistas também se utilizavam do expediente goyesco, produzindo uma leitura sarcástica e grotesca da modernidade.

O livro tem três partes: na última, encontra-se uma seleção dessas imagens, pesquisadas pela autora na Coleção do Museu de Artes Plásticas Eduardo Sívori, de Buenos Aires. As outras duas partes são um ensaio de Eleonora Frenkel que discute a articulação entre as crônicas de Roberto Arlt escritas entre as décadas de 1930-40 em Buenos Aires, e as gravuras de Francisco de Goya. Além disso, o livro traz um conjunto de 20 crônicas de Arlt traduzidas pela autora, dentre elas: “Ruas terríveis”, “Ladeira abaixo”, “O prazer de vadiar”, “Elogio da vagância” e “Dias de neblina”.

A autora

Eleonora Frenkel é doutora em Literatura pela UFSC (2011), com pesquisa sobre as crônicas de Arlt e as gravuras de Goya; mestre em Estudos da Tradução pela mesma Universidade (2007), com trabalho sobre as traduções brasileiras de Los siete locos (1929). Foi professora substituta de Teoria Literária no DLLV/UFSC (2011-2013) e atualmente é bolsista de pós-doutorado da Capes/PNPD, pela Unioeste.