Frutas e utensílios são frequentemente usados por artistas para compor quadros. Com tinta e papel, os elementos são imortalizados e transformados na chamada ‘natureza morta’. A exposição “Natureza viva” propõe que seja feito o caminho contrário: ao invés de escolher elementos da natureza para torná-los mortos, seleciona naturezas-mortas para revivê-las. Aberta na segunda-feira, 17, ela permanece no espaço estético do Colégio de Aplicação da UFSC até o dia 17 de setembro.
A natureza morta é revivida a partir de 12 pinturas de artistas reconhecidos, como Paul Cézanne, Milton Dacosta e Aldemir Martins. A reprodução é feita com elementos do dia-a-dia, como frutas, toalhas e colheres. As idealizadoras foram Karin Orofino e Sandra Nunes, mestrandas em Artes Visuais da UDESC, e sua orientadora, Sandra Ramalho. “Foram selecionadas obras de épocas e estilos diferentes para explorarmos a arte moderna, que é efêmera, interativa e relacionada ao cotidiano.”, explica a professora Sandra Ramalho.
As recriações servem de estímulo para diversas atividades realizadas com os alunos do Colégio. As crianças farão desenhos com inspiração nas mesas montadas, poderão tocar nos objetos e trocá-los de lugar, e, até mesmo, trazer coisas de casa para complementar o cenário.
A mostra também chama atenção para o meio-ambiente. Com fotos de animais mortos, faz refletir sobre as ameaças à vida do planeta. Além disso, os visitantes podem deixar mensagens sobre preservação da natureza, para futuramente serem colocadas em um mural.
A exposição pedagógica “Natureza viva” marca a reabertura do espaço estético do Colégio de Aplicação, que passava por reformas e já recebeu diferentes tipos de exposições, como experimentos de química, quadros e esculturas. Segundo Fabíola Costa, responsável pelo projeto do espaço, é importante que os alunos estejam diariamente em contato com as mostras, que auxiliam na alfabetização e na educação visual das crianças.
Mais informações com Fabíola Costa pelos telefones 3721-9691 e 3721-9561 ou no e-mail: espaco_estetico@ca.ufsc.br
Por Tifany Ródio, bolsista de Jornalismo na Agecom
Fotos: Lucas César de Medeiros Sampaio/bolsista de Jornalismo na Agecom