O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Florianópolis ouviu nesta terça-feira, 14, mais uma testemunha de defesa do vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, investigado por quebra de decoro parlamentar conforme denúncia apresentada pelo vereador Afrânio Boppré (PSOL) depois da Operação Ave de Rapina, da Polícia Federal.
O depoente foi o presidente do Bloco Filhos da Lua, Marcos Antônio da Luz, mais conhecido por Du, que aparece em uma ligação telefônica, interceptada pela Polícia Federal, conversando com Badeko sobre o pagamento de R$ 2 mil para o vereador.
Segundo o depoente, Badeko emprestou dinheiro para a compra de camisetas para o bloco. Na ligação, ainda de acordo com Marcos Antônio, o vereador cobra o ressarcimento da quantia emprestada. “O vereador Badeko ajudou a pagar as camisetas”.
O presidente do Bloco Filhos da Lua esclareceu ainda que foi preciso recorrer ao vereador porque a Prefeitura atrasou o repasse do recurso de R$ 20 mil. “Como o dinheiro atrasou a gente entendeu que era obrigado a pagar as pessoas que estavam trabalhando e estavam nos cobrando, como o mestre de bateria, por exemplo”.
Marcos Antônio explicou ainda a ligação do vereador Badeko com o Bloco Filhos da Lua que existe há mais de 20 anos na comunidade do Monte Cristo. “Antes de ser vereador, o Badeko era componente do bloco”.
Em 2015, o Bloco Filhos da Lua não recebeu recurso da Prefeitura por estar entre os investigados pela Polícia Federal. “A gente foi prejudicado por um erro de interpretação do delegado porque os R$ 2 mil que o Badeko fala na ligação era pra pagar o que ele tinha emprestado quatro meses antes”, reiterou.