O trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, na Capital, não tem data para ser reaberto. A reforma do local depende do início das obras de revitalização da via, que têm o patrocínio da Celesc, e são esperadas para este ano.
O trapiche foi interditado pela Comissão Municipal de Defesa Civil de Florianópolis (Comdec), em 24 outubro de 2006. O que seria provisório e atendeu a uma recomendação técnica do órgão por causa do comprometimento da construção – tinha rachaduras e parafusos de fixação enferrujados –, hoje parece ter se incorporado ao cenário da cidade.
– Ninguém esta aí para jogar dinheiro fora – diz Luiz Américo Medeiros, secretário adjunto de Obras do município, ao explicar que as novas obras vão ser executados no trecho entre o Bar Koxixo’s e a cabeceira da Ponte Hercílio Luz.
O custo está estimado em R$ 7,5 milhões, com a maioria dos recursos da Celesc e contrapartida da prefeitura. Os planos eram de começar este ano, mas dificuldades burocráticas retardaram os processos de licitação.
Enquanto isso, as embarcações que usavam o local para embarque e desembarque de passageiros permanecem operando em um trapiche móvel. A interdição teve o aval da Capitania dos Portos.
Apesar das placas de interdição, o local continua sendo frequentado por pescadores e visitantes. Acostumado a pescar nos lagos de Brasília, o turista Daniel Alex Neves aproveitou para pescar no trapiche ontem.
– Confesso que achei estranho as placas, mas como vi o pessoal aqui achei que não tinha problema.
Para a engenharia, a situação parece mesmo segura. O risco maior seria para as embarcações, principalmente em dias de vento forte. De acordo com Luiz Américo, o local encontra-se em situação estável e não oferece riscos para seus usuários.
(Angela Bastos, DC, 31/07/2009)