O policial militar Luis Paulo Mota Brentano, que atirou no surfista profissional Ricardo dos Santos, na manhã desta segunda-feira, 19, foi transferido para Joinville na tarde desta terça-feira, 20, onde deve ficar preso até a conclusão do inquérito que investiga as circunstâncias do crime. Ricardo dos Santos morreu no começo da tarde desta terça, no Hospital Regional, em São José, em decorrência dos três tiros que levou.
O Comandante-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Paulo Henrique Hemm, recebeu a reportagem do DeOlhoNaIlha, em Florianópolis, para uma entrevista sobre o ocorrido na Guarda do Embaú. Hemm fez questão de ressaltar, logo no começo da conversa, que a instituição não compactua com a atitude isolada do soldado.
“A PM não fugiu em nenhum momento do que manda a lei, tanto é que nós mesmos prendemos em flagrante o soldado pelo crime cometido”, afirmou o coronel.
O policial Brentano, que atua em Joinville, não estava a serviço quando atirou contra o surfista. Ele estava de férias na companhia de um irmão menor de idade.
Segundo o comandande Hemm, a versão de que agiu em legítima defesa, apresenada pelo policial logo que foi preso, será investigada, mas mesmo que tenha veracidade não impedirá uma punição ao soldado pois ele não seguiu nenhum tipo de procedimento ennsinado da policia militar, como por exemplo prestar socorro e avisar a PM do ocorrido.
Prazo para a conclusão do Inquérito
30 dias. Este foi o prazo apresentado pelo comandante Paulo Henrique Hemm para a conclusão do inquérito.
De acordo com o coronel, caso seja comprovada a culpa o soldado será excluído da corporação e ficará preso pelo tempo determinado pela Justiça.