Nesta quinta-feira, 18, às 18 horas, o prefeito em exercício João Batista Nunes estará recebendo técnicos da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), que estão em Florianópolis para falar sobre gestão da mobilidade, para discutir modelos de corredores de ônibus. A audiência acontecerá no Gabinete do Prefeito, rua Tenente Silveira, 60, 5° andar.
Os técnicos Daniel Cândido e Marco Antônio Xavier Telles ministraram na tarde desta quarta-feira, 17, uma palestra sobre “tecnologias para a gestão da mobilidade” para os profissionais da Secretaria de Transportes, Mobilidades e Terminais de Florianópolis que debateram os novos conceitos de mobilidade urbana e tipos de corredores para ônibus já implantados em outras cidade brasileiras. No encontro os especialistas em trânsito defenderam a ideia dos corredores de ônibus virtuais que seriam exclusivamente utilizados pelo transporte público em horários determinados e quando o fluxo de veículos é maior, sendo liberado ao tráfego fora do pico. Um modelo semelhante ao implantado pela Secretaria dos Transportes em março na Costeira do Pirajubaé e que prioriza a circulação de ônibus para o Sul da Ilha nos horários de pico (17h30min às 20 horas) e que traz uma redução de até 25 minutos nas viagens.
As faixas exclusivas apresentadas pelos técnicos da ANTP são dotadas de equipamentos eletrônicos que auxiliam o monitoramento e a fluidez dos ônibus, inibindo seu uso por carros particulares. Marco Telles, que é também especialista em equipamentos eletrônicos e já atuou em vários órgãos de transporte público no estado de São Paulo, defendeu a escolha pelos corredores virtuais por vários fatores, entre eles o baixo custo de implantação e operacional. Esses corredores também devem ser dotados de semáforos inteligentes que liberam a passagem dos ônibus tornando as viagens mais rápidas, priorizando o deslocamento com o uso do transporte público.
Já Daniel Cândido, que trabalhou no Departamento Nacional de Transito (DENATRAN), salientou a tendência nacional de transformar os fiscais de transportes e que trabalham no trânsito em agentes da mobilidade. Segundo ele, já existem experiências onde ambos os agentes são qualificados e têm poderes para atuar nos dois setores, ampliando o poder de fiscalização e melhorando o fluxo de veículos. “A ideia de termos agentes da mobilidade agindo em conjunto nas cidades favorece o controle e facilita o trânsito em todos os sentidos”, argumentou.