Donos de dez estabelecimentos que vão integrar o Mercado Público da Capital após o processo de licitação e reforma do prédio, formaram, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), um núcleo para o desenvolvimento do comércio no local. O principal objetivo dos comerciantes é adequar a instalação dos boxes ao projeto geral da Prefeitura. Neste primeiro momento, os empresários buscam eliminar as dúvidas sobre a estruturação física das lojas – instalações elétricas, hidráulicas, de gás, regras de ocupação dos espaços e de condomínio – para que tudo seja feito dentro das normas.
O trabalho do novo Núcleo já começou. Duas reuniões, uma com o Corpo de Bombeiros e outra com o IPUF foram realizadas e encontros com a Celesc, Vigilância Sanitária Municipal e o SEPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico do Município) também estão programados. A ideia é padronizar e formalizar as informações vindas dos órgãos responsáveis sobre o que pode e o que não pode ser feito nos boxes e, partir daí, fazer as instalações corretamente e iniciar as atividades comerciais.
Depois da completa instalação dos boxes, o Núcleo planeja, para o próximo ano, dar início a ações de capacitação, para aperfeiçoamento da gestão e do atendimento, de marketing, de acesso a mercado entre outras.
Associativismo para desenvolver os negócios
Ferramenta para fortalecimento de micro e pequenas empresas por meio do associativismo, os núcleos empresariais reúnem negócios de um mesmo ramo de atividade com a finalidade de trocar experiências e buscar de soluções para problemas comuns. Na ACIF, alguns exemplos chamam a atenção.
Os núcleos utilizam como base de formação e desenvolvimento, o Programa Empreender do Sebrae/Facisc. Os empresários reúnem-se periodicamente, orientados por um consultor capacitado. Nas reuniões, discutem problemas e questões pertinentes ao ramo e ao grupo. O diferencial de tantos outros programas é que no Empreender as soluções são apontadas e executadas pelos próprios empresários. Para tanto, o consultor, como facilitador das reuniões, faz uso de uma metodologia específica para trabalho com grupos, originada na Alemanha, denominada Empreender.
A metodologia Empreender agrega diferentes ferramentas administrativas, entre elas a já conhecida tempestade de idéias em grupos (brainstorming) e a busca de metas e ações conjuntas. O que reflete com fidelidade o espírito do Programa é a forma de associativismo que ele propõe. Por ela, ninguém é obrigado a participar de um Núcleo Empresarial. O convencimento vem pela nova visão de parceria, na qual o concorrente, longe de ser um competidor, é um cooperador de seu concorrente.
