O governador Luiz Henrique fez na manhã desta segunda-feira (15) uma visita às obras da Ponte Hercílio Luz e destacou que a instalação de um metrô de superfície sobre a estrutura recuperada da ponte é essencial para resolver o problema do trânsito na Capital, que recebe milhares de veículos novos todos os meses. “Os recursos para a conclusão da obra estão garantidos e guardados à sete chaves pois esta obra é um presente para Florianópolis”, assegurou.
Monitorada pelo presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Romualdo França, a visita foi acompanhada dos técnicos do consórcio internacional responsável pelas obras e serviu para mostrar o andamento dos serviços ao governador Luiz Henrique, ao vice-governador Leonel Pavan e ao prefeito em exercício da Capital, João Batista Nunes, além do secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Walter José Gallina; do deputado estadual Eliseu Mattos, líder do Governo na Assembléia Legislativa.
De acordo com o governador, a reforma e restauração total da ponte Hercílio Luiz, o principal cartão postal de Florianópolis, deverá permitir o tráfego integrado de veículos, pedestres, ciclistas em um sistema integrado com o projeto do metrô de superfície. A ordem de serviço para a segunda e última etapa dos trabalhos foi assinada no início de dezembro passado, no Centro Administrativo, pelo vice-governador Leonel Pavan. O prefeito em exercício da Capital assegurou apoio ao Governo do Estado para resolver pendências que atrapalham mo andamento das obras, como a questão da ocupação urbana desordenada embaixo da ponte.
As obras de recuperação foram divididas em duas fases. Na primeira etapa foram investidos R$ 22 milhões. Outros R$ 155 milhões estão sendo aplicados nesta segunda e última etapa, a mais importante, segundo o diretor do Deinfra, Romualdo França, porque envolvem a troca do sistema cortante (cabos de sustentação) e o reforço das fundações, consideradas obras problemáticas. O trabalho de recuperação da ponte, feito artesanalmente, já resultou na substituição de 315 mil rebites metálicos da ponte, sendo que faltam cerca de 200 mil no vão central da ponte. Iniciados em 2006 e resultaram na substituição de retiraada de 140 toneladas de ferro, que foram leiloados e reverteram em cerca de R$ 170 mil reinvestidos na obra.
A segunda etapa da obra, que tem cerca de 5% dos trabalhos concluídos, está sob a responsabilidade do consórcio Florianópolis Monumento, formado pelo Grupo CSA, dos Estados Unidos e a construtora Espaço Aberto, de Santa Catarina. Duas empresas francesas são parceiras na execução desta etapa da recuperação da ponte: a Freissnet International e a Vinci. A primeira etapa da obra, que está com cerca de 85% concluídos, está sob os cuidados do consórcio Roca-Tec, formado pelas duas empresas que dão nome ao consórcio, a primeira do Paraná e a segunda de Santa Catarina.
De acordo com o presidente do Deinfra, até março do próximo ano a tarefa de recuparação da ponte estará concluída. O prazo de conclusão desta segunda etapa é de 12 a 15 meses e após a reabilitação, a ponte deverá estar novamente integrada ao sistema viário da Capital, respondendo por parte do trânsito de travessia entre a Ilha e o Continente, inclusive apta a receber um metrô de superfície, que interligaria o continente até o campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Trindade, em fase de projetos.