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Florianópolis, 4 fevereiro 2025

Servidores dos teatros Ademir Rosa e Álvaro de Carvalho aderem à greve da Fundação Catarinense de Cultura

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Nesta terça-feira, 1, a greve deflagrada entre os servidores efetivos da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) ganhou o reforço dos trabalhadores que atuam nos teatros Ademir Rosa e Álvaro de Carvalho.

A paralisação dos servidores da FCC começou no dia 20 de março e traz em sua pauta, além das reivindicações ligadas à remuneração dos trabalhadores, melhoria nas condições de trabalho e na infraestrutura dos espaços culturais administrados pela Fundação em todo o Estado.

A Assessoria de Imprensa do sindicato da categoria divulgou um comunicado esclarecendo os motivos da parelisação. Confira, na íntegra, as razões apresentadas:

"- Salários defasados, com agravamento após a aprovação de pacote na Assembleia Legislativa, em dezembro de 2013, que congelou a data-base e os vencimentos dos servidores, reduzindo a possibilidade de reposição mínima da inflação;
– Reforma do Centro Integrado de Cultura inacabada, mesmo após gasto de mais de R$ 17 milhões pelo Governo do Estado, e já apresentando problemas estruturais (goteiras no hall do CIC, por exemplo);
– Biblioteca Pública sucateada com prédio inseguro;
– Memorial Cruz e Sousa interditado e abandonado;
– Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu, praticamente inativo;
– Gestão do Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras, em São Francisco do Sul, entregue a terceiros;
– Equipamentos sempre deficitários;
– Incapacidade da FCC para gerir políticas e programas permanentes;
– Fracasso da política do lazer integrado;
– Ausência do Sistema Estadual de Cultura;
– Ausência de uma secretaria exclusiva para a Cultura;
– Conselho Estadual de Cultura sem protagonismo e ressonância da sociedade;
– Financiamento majoritário a eventos destinados a grupos específicos, em detrimento de projetos de continuidade que beneficiem à população em geral;
– Patrimônio tombado em estado precário e sem estrutura de fiscalização, a exemplo da Ponte Hercílio Luz;
– Organograma da FCC defasado;
– Acumulação do cargo de administrador do Teatro Ademir Rosa e Teatro Álvaro de Carvalho;
– Carga horária exorbitante, com trabalho noturno, em finais de semana e feriados, sem pagamento de hora extra e sem qualquer regulamentação nos museus e teatros;
– Déficit de pessoal devido à grande evasão de servidores em decorrência das condições de trabalho, da ausência de plano de carreira e de progressão funcional;
– Interferência política na marcação de pautas dos teatros, deturpando seu papel de espaço público para promoção artística e cultural;
– Descaso do governo com a conservação do Teatro Álvaro de Carvalho, que está com balcão interditado há mais de três anos, salão nobre fechado há um ano e recente interdição das frisas e camarotes, diminuindo a capacidade do teatro em quase 50%.
Enfim, os últimos governos não construíram uma política de Estado para a Cultura em Santa Catarina, onde ainda impera o conservadorismo cultural, o assistencialismo corporativista, o fisiologismo partidário, a dependência refém por parte dos produtores culturais e a ineficácia dos conceitos e modelos públicos de gestão da Cultura.
É neste contexto sombrio que os servidores da FCC, junto aos demais segmentos do funcionalismo estadual, estão mobilizados e pedem o apoio da sociedade, pois esta luta é de todos nós.”