O representante do Ministério Público do Trabalho, subprocurador geral do Trabalho José Neto da Silva, propôs que a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) suspendesse a greve até o julgamento de ação que tramita na primeira instância a respeito do plano de saúde dos Correios. Pela proposta do subprocurador, realizada durante audiência de conciliação nesta segunda-feira, 24, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores retornariam ao trabalho e a Empresa se comprometeria, em ata, a negociar a metade dos dias parados.
A proposta foi recusada pela federação. Os representantes da Fentect afirmaram não haver possibilidade de acordo, mesmo diante da insistência do MPT. Em Santa Catarina representantes do sindicato da categoria (Sintect-SC), apoiaram decisão dos sindicatos nacionais e os trabalhadores parados recusaram à volta ao serviço.
Sem possibilidade de acordo, o relator do dissídio, ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, anunciou que o processo será julgado pela Seção de Dissídios Coletivos do TST, em data a ser agendada — alertando, porém, que só será possível realizar o julgamento após o carnaval.
Os Correios reiteraram, durante a audiência de conciliação, que nenhuma alteração será feita nos benefícios do plano CorreiosSaúde. O vice-presidente Jurídico da empresa, Cléucio Nunes, lembrou que em 2013, no julgamento do dissídio, o TST já se manifestou a respeito de que as decisões sobre a gestão do plano são de competência da empregadora e não do sindicato.