Demarcado por praias, restingas, manguezais, costões rochosos, dunas, baías e lagoas costeiras, o Litoral catarinense acolhe em seus ecossistemas atividades pesqueira, turística, agrícola, industrial, portuária, aquicultura, reflorestamento e urbanização.
Em linhas gerais, o Gerco serve para organizar a presença do homem no solo para que as águas não sejam prejudicadas. O programa enfoca normas que já existem, mas que nem sempre são obedecidas. O desafio é impedir a ocupação desordenada de dunas, restingas e costões. Contudo, o leque de ações é bem maior. Envolve da simples demarcação de área para banho à pesca industrial; da definição de locais para prática de navegação esportiva aos pontos onde navios podem atracar e fundear. “O Gerco não vai barrar tudo, mas evitará atrocidades”, destaca o gerente de Apoio à Gestão de Cidades, geógrafo César Santos Farias.
Estão incluídos no Gerco 36 municípios, organizados em cinco setores. Até março do ano que vem o Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro e os Planos de Gestão da Zona Costeira estarão completos em todas as cinco áreas, quando a primeira etapa será finalizada. Na segunda fase, que deve ter início em abril de 2010, serão implementados instrumentos complementares: Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro, Sistema de Monitoramento Ambiental, Relatório de Qualidade Ambiental e Projeto de Gestão Integrada da Orla.
Os 36 munícipios litorâneos, organizados em cinco setores, são: Litoral Norte, formado por Araquari, Balneário Barra do Sul, Garuva, Itapoá, Joinville, São Francisco do Sul e Barra Velha. Litoral Centro-Norte, formado por Balneário Camboríu, Bombinhas, Camboriú, Itajaí, Itapema, Navegantes, Piçarras, Penha e Porto Belo. Litoral Central, formado por Biguaçu, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Palhoça, São José e Tijucas. Litoral Centro-Sul, que abrange os municípios de Garopaba, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna e Paulo Lopes, e Litoral Sul, formado por Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Içara, Passo de Torres, Santa Rosa do Sul, São João do Sul e Sombrio.
O diretor de Cidades da Secretaria de Estado de Planejamento, Jorge Squera, garante que para a efetividade do programa é necessário que ele tenha continuidade. “Não podemos parar o processo de aplicação do Gerco no meio. Para sua funcionalidade, é necessário que o processo siga a sequencia de ações que estão programadas”, relatou Squera.
O Programa de Gerenciamento Costeiro conta com o apoio da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte; Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável; Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Com informações da Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado do Planejamento