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Florianópolis, 25 novembro 2024
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Em evento na Capital, governos do Codesul alertam para limite no abastecimento de gás na região

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A Assessoria de Comunicação do Governo do Estado informa que o alerta para a necessidade de investimentos federais no abastecimento de gás na região Sul foi um dos principais pontos da reunião dos representantes do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), realizada nesta segunda-feira, 19, em Florianópolis. O governador Raimundo Colombo, presidente do Codesul, recebeu o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e os vice-governadores do Paraná, Flávio José Arns, e do Mato Grosso do Sul, Simone Tebet. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira também participou do encontro. Foi assinado e encaminhado um ofício para a Petrobras alertando sobre a situação e apresentando alternativas, como a implantação de um terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) em um dos portos do Sul do Brasil.

“O gás é uma energia estratégica, fundamental para o nosso desenvolvimento e há uma procura muito grande na nossa região. Por isso, precisamos oferecer esse produto na quantidade necessária para as empresas”, destacou o governador Raimundo Colombo. Os quatro estados do Codesul são atendidos exclusivamente pelo Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL), que limita a capacidade de operação para o Sul do país em 12 milhões metros cúbicos diários de gás natural – para todo o país são 30 milhões de metros cúbicos por dia. Atualmente a região opera no limite de sua capacidade de oferta. Segundo informações da Transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), em janeiro de 2013, foi registrado a distribuição de 95,9% da capacidade de transporte.

Segundo dados da SCGÁS, Santa Catarina tem um contrato com a Petrobras, que é importadora, de 2 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Mas no mês de julho, a SCGÁS entregou para o mercado uma média de 1,922 milhão metros cúbicos por dia. “Estamos no limite do nosso contrato, que vai até 2019. Não podemos ficar indefinidos nessa situação. A Petrobras precisa assegurar um suprimento adicional, para que possamos ampliar os nossos contratos com as empresas”, defendeu o presidente da SCGÁS, Cósme Polêse. Ele cobra, também, equidade na questão tarifária, pois o gás importado da Bolívia está cerca de 20% acima do preço do gás nacional e essa equação impacta as indústrias no Sul.

Estudo realizado pelo Grupo de Economia da UFRJ apontou uma demanda de mais de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia até 2019 para os quatro estados do Codesul, o que fortalece a necessidade de ampliação imediata do suprimento. Apenas Santa Catarina, teria uma demanda de 2,869 milhões de metros cúbicos por dia em 2019.

Diante do problema, os quatro estados fizeram estudos detalhados em parceria com a UFRJ para apontar alternativas. “A primeira, emergencial e urgente, é repontencializar o gasoduto Brasil-Bolívia para ampliar a capacidade dele. A segunda, consiste na estruturação de um terminal de gás liquefeito. Esse gás vem liquefeito, 600 vezes menor, e pode chegar de navio, aportar em um dos portos da Região Sul, onde seria gaseificado novamente para ser injetado na rede”, apontou o presidente da SCGás.