Dresch pede apuração de violência contra movimentos sociais
Os trabalhadores públicos municipais de Florianópolis estiveram na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (14) para pedir o apoio dos deputados à categoria que está no 11º dia de greve. Além da intransigência do prefeito Dário Berger (PMDB), que se recusa a negociar, denunciaram a forma violenta como o movimento social tem sido reprimido na cidade.
O deputado Dirceu Dresch, líder da bancada do PT, manifestou apoio aos servidores e pediu que a prefeitura reabra o debate com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem). Dresch também mostrou vídeo em que a Polícia Militar prende o diretor sindical Charles Pires, em manifestação absolutamente pacífica realizada no dia 3 de abril.
O vídeo mostra o sindicalista sendo algemado e colocado dentro do camburão da PM sem esboçar nenhum tipo de reação. A prisão ocorreu durante ato em frente à prefeitura, no qual o sindicato distribuía pão com linguiça para os manifestantes. A alegação da prisão seria a falta de condições sanitárias na confecção dos alimentos. Charles, que falou na tribuna da Assembleia Legislativa, disse que, se essa alegação tivesse algum tipo de fundamento, “deveriam ter sido presos os responsáveis pela churrascada servida na Praça Tancredo Neves durante a aprovação do Código Ambiental”. Para Dresch, “essa casa precisa contribuir para apurar esse tipo de violência desnecessária para com o movimento social”.
Os trabalhadores do município reivindicam 9,3% de aumento e o estabelecimento de um Plano de Cargos e Salários para a categoria. Segundo Pires, “isso é pouco, perto do “autoaumento” de 98% concedido ao prefeito, vice, secretários e todos os cargos de confiança no mês de janeiro”.