O Prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Jr., foi até o Tribunal Regional do Trabalho na tarde desta segunda-feira, 10, entregar um relatório elaborado pelo Executivo Municipal sobre o descumprimento, por parte dos trabalhadores do transporte coletivo, de decisão judicial que pedia frota de 100% dos ônibus nos horários de pico e 50% no restante dos horários. Em reunião com o desembargador Gilmar Cavalieri, ficou definido a realização de uma audiência, às 17h, com membros do sindicato patronal e sindicato dos trabalhadores. As informações são da rádio CBN/Diário.
De acordo com o desembargador, o objetivo da audiência é tentar fazer com que os trabalhadores voltem ao trabalho imediatamente, mesmo que as negociações prossigam ocorrendo, para que a população não seja prejudicada. Na assembleia da noite deste domingo, 9, a intevenção da Justiça antes mesmo de a greve ter sido oficialmente deflagrada foi fortemente criticada pelos sindicalistas.
Mais cedo o sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo (Sintraturb) publicou uma nota alegando que o prefeito está tentando colocar a população contra o sindicato por meio de informações inverídicas. Na nota, o sindicato se coloca à disposição da Justiça e da cidade para fazer uma “greve ao contrário”. ”Ao invés de paralisar os serviços, nos propomos a operar 100% da frota dos transportes, desde que os ônibus circulem sem a cobrança das tarifas, em sistema de catraca livre, enquanto durar o impasse”. Esta mesma sugestão havia sido feita na greve de 2012.O comunicado completo pode ser lido aqui.
A paralisação dos trabalhadores do transporte público foi definida por unaninimidade em assembleia realizada na noite de domingo. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (SETUF) ofertou oficialmente aos trabalhadores uma reducação de 10 minutos na jornada de trabalho, de 6h20 para 6h10, a partir de 1/5/2014, reposição salarial da inflação a partir de 1/8 deste ano e aumento de R$ 10 (de R$ 450 para R$ 460) no vale-alimentação, sendo que em agosto os trabalhadores receberiam R$ 490 por conta do retroativo de maio a julho. Na assembleia, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) considerou a proposta uma “provocação”.