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Florianópolis, 23 novembro 2024

Orquestra Sinfônica Juvenil de Florianópolis apresenta-se no Mercado Público

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A Orquestra Sinfônica Juvenil de Florianópolis, às 11h00 deste sábado (21.03), no Mercado Público, fará uma apresentação especial em homenagem aos 283 anos da cidade. A atração faz parte da programação oficial de aniversário coordenada pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC). Sob regência do maestro Carlos Alberto Angioletti Vieira, os músicos interpretarão obras clássicas de compositores eruditos mundialmente famosos e também da cultura popular mexicana, brasileira e da Ilha de Santa Catarina.

O concerto será ao ar livre e gratuito, tendo nas partituras as seguintes composições:

*“Ode à Alegria”, Ludwig van Beethoven.

*“Can-can”, Jacques Offenbach.

*“Somewhere Over the Rainbow” (“Além do Arco-Íris”), Harold Arlen.

*“Rancho de Amor à Ilha”, Cláudio Alvim Barbosa (Zininho).

*“Cielito Lindo”, folclore mexicano.

*“Jesus, Alegria dos Homens”, Johann Sebastian Bach.

*“Pompa e Circunstância”, Edward Elgar.

*“Os Piratas do Caribe”, Hans Florian Zimmer.

*“Happy Holiday”, Merle John Isaac.

*“Garibaldi”, folclore brasileiro.

*“ West Side Story”, Leonard Bernstein.

*“Gavote I e II”, Johann Sebastian Bach.

Orquestra-escola

A Orquestra Sinfônica Juvenil é resultado do Projeto Orquestra-escola, realização da FCFFC patrocinada pela Tractebel Energia S.A., por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (MinC), e apoiada pela Prefeitura. De caráter educativo-cultural, a iniciativa tem como objetivo realizar audições didáticas e concertos, além de oficinas de ensino instrumental e de prática de orquestra. Tudo gratuito para quem aprende e para quem assiste.

O projeto contempla crianças e jovens estudantes de comunidades diversas, buscando a inclusão social e contribuindo para a plena cidadania. É notório nos alunos o aumento da autoestima, a melhoria no convívio social, o bom rendimento escolar, a congregação das diferenças. Na Orquestra-escola, a harmonia não se alcança só na música, mas em todo o ambiente onde estão seus integrantes – de qualquer raça, idade, credo e condição social. E a maior satisfação dos coordenadores é saber que, com isso, se pode contribuir para a construção da personalidade de um cidadão de bem. “A música é o melhor veículo para aprender”, precozina o maestro Carlos Alberto.

Nos primeiros encontros, em novembro de 2006, os aprendizes conheciam fundamentos como postura, respeito mútuo, união de grupo, como manusear os instrumentos. Em fevereiro de 2007, no retorno das férias, começaram as aulas práticas. Três meses depois, já faziam sua primeira apresentação pública. Hoje, são cem alunos a partir dos oito anos de idade, que aprendem a tocar instrumentos de corda (violino, viola, violoncelo e contrabaixo) e sopro (flauta, clarinete, trompete, trompa e trombone), além da prática de orquestra, que é a culminância de todo o trabalho. Em breve, serão adquiridos oboé, fagote e instrumentos de percussão.

Recentemente, foram abertas mais vagas para iniciantes. Cerca de outros cem candidatos se inscreveram. Quem tem seu próprio instrumento ou leva emprestado já está com matrícula garantida. Os demais praticam em equipamentos musicais adquiridos pela Prefeitura, sendo a prioridade de uso para os candidatos mais novos e de condição social menos favorável. Mas todos são bem-vindos, ainda que temporariamente sem instrumento, como alunos-ouvintes. O ensinamento e as partituras são gratuitos, mas se cobra em troca disciplina e comprometimento com a filosofia do projeto.

Seguindo o método Suzuki, que fundamenta-se no fato de as crianças nascerem com diversos potenciais que se desenvolvem com o estímulo e no ambiente adequado, as aulas são descontraídas. “Aqui, se aprende a errar e a acertar uns na frente dos outros”, diz o maestro, coordenador artístico e didático da Orquestra-escola. Isto facilita lidar com a timidez e a agilizar o aprendizado. Somente em 2008, o grupo realizou 35 apresentações.

Os mais preparados ingressam na Juvenil e depois na própria Orquestra Sinfônica de Florianópolis. Em dois anos de formação, o estudante está profissionalizado. Alguns, ainda bem jovens, já ganham dinheiro com pequenas apresentações em bares, restaurantes, nas ruas ou ensinando os iniciantes em suas comunidades. A renda é investida em um instrumento novo ou em viagens para encontros de orquestras e apresentações.

O próximo passo será a implantação de monitores, que auxiliarão o trabalho dos nove professores, no Forte de Santa Bárbara, sede da FCFFC, onde ocorrem as aulas, sob coordenação administrativa de Simone Simon. Os alunos mais avançados estão sendo treinados para ensinar teoria e prática musical, a partir do próximo do mês, supervisionados pelo regente.

Foto: Mercado Público / Deolhonailha