Ciclo de cinema com produções locais começa hoje e integra as comemorações dos 283 anos da Capital
O Mercado Público, os moradores do Morro do Mocotó, o Miramar, os artistas Franklin Cascaes e Martinho de Haro. Estes e outros personagens típicos de Florianópolis – sejam pessoas, paisagens ou construções, ainda de pé ou existentes só na memória – estão na programação da primeira Mostra de Cinema Catarinense, que é parte das comemorações ao aniversário de 283 anos da Capital.
Serão cinco dias de exibições em cinco localidades diferentes da Ilha de Santa Catarina. A programação reúne quatro curtas e um documentário, todos dirigidos e produzidos por profissionais locais, com recursos do Fundo Municipal de Cinema (Funcine) ou da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. A Cinemateca Catarinense também é realizadora da mostra e, com o apoio da secretaria municipal de Educação, formam uma parceria inédita.
– Nosso critério na seleção foram filmes produzidos com orçamento público municipal e tem a cidade como pano de fundo ou personagem principal. Exibir em diversas localidades é um sonho antigo do Funcine e da Cinemateca. Esperamos fazer em diversas comunidades com mais frequência – afirma o presidente do Funcine, Iur Gomez.
Receberão a mostra os bairros Centro, Morro do Mocotó, Canasvieiras, Ribeirão da Ilha e Pantanal.
– São locais com os quais já trabalhamos em outras mostras e têm espaços adequados para exibição. Canasvieiras, por exemplo, tem público sedento por cultura. Tem o Cineclube Carijós, um ponto de cultura coordenado pelo Marcoliva, que pouca gente conhece. No Ribeirão, tem um cine teatro bárbaro, no Pantanal o local é bom também – ressalta a presidente da Cinemateca, Sofia Stallbaum Mafalda.
Um dois filmes, o Mocotó do Morro, é resultado de uma oficina de documentário promovida pelo 10º Catavídeo, ministrada por Gomez e Bob Barbosa. O curta de 17 minutos foi realizado pelos participantes da oficina, com equipamentos do Funcine.
– Esse não será exibido no Morro do Mocotó, porque eles já viram muitas vezes. Mas vamos mostrar em outros lugares para inspirarem a fazer esse tipo de trabalho noutros bairros também – arremata Sofia.
Além de Mocotó no Morro, serão exibidos Isto Não é um Filme (2006), de Loli Menezes, Paisagem Urbana, Um Olhar Sobre a Ilha (2005), de Pedro MC, Miramar, Um Olhar Para o Mundo (2002), de Bianca Chiaradia, Quem Disse Que Eu Tô Indo Pra Casa (2005), de Marco Stroisch, Bruxas Atacam Pescador (2005), de Érico Patrício Monteiro, Mercado de Histórias – A Construção do Mercado Público na Memória Popular de Florianópolis (2005), de Guto Lima, e Martinho de Haro – A Cidade Reinventada (2008), de Chico Pereira.
Programação
Hoje
19h30min – Isto Não É um Filme, Paisagem Urbana, Um Olhar Sobre a Ilha, Mocotó no Morro e Franklin Cascaes.
Onde: Teatro da Ubro (Escadaria da Rua Pedro Soares, nº 15, Centro, Capital)
Informações: (48) 3222-0529
Dia 20
19h30min – Bruxas Atacam Pescador, Quem Disse que Eu Tô Indo pra Casa, Paisagem Urbana, Um Olhar Sobre a Ilha e Miramar, Um Olhar Para o Mundo
Onde: comunidade do Morro do Mocotó (Centro, Florianópolis)
Informações: (48) 3333-1704 com Eli
Dia 21
19h30min – Isto não é um Filme, Quem Disse que Eu Tô Indo pra Casa, Mocotó no Morro e Martinho de Haro – A Cidade Reinventada
Onde: Cineclube Carijó (Rua Anteno Borges, nº 409, Canasvieiras, Florianópolis)
Informações: (48) 3207-7734
Dia 23
19h30min – Bruxas Atacam Pescador, Quem Disse que Eu Tô Indo pra Casa, Paisagem Urbana, Um Olhar Sobre a Ilha e Mercado de Histórias – A Construção do Mercado Público na Memória Popular de Florianópolis
Onde: Centro Social Comunitário do Ribeirão da Ilha (Rua Baldicero Filomeno, nº 7821, Ribeirão da Ilha, Florianópolis).
Informações: (48) 3337-5646 com Andrei
Dia 24
19h30min – Isto Não É Um Filme, Mocotó no Morro, Bruxas Atacam Pescador e Franklin Cascaes
Onde: Centro Comunitário do Pantanal – CCPAN (Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 968, Pantanal, Florianópolis)
Informações: (48) 3234-4148
(Alicia Alão, DC, 18/03/2009)