O objetivo do evento é promover o debate e iniciativas sobre o desenvolvimento sustentável, homem e meio ambiente convivendo em harmonia nas cidades. Profissionais renomados de diversos países estão confirmados.
Os objetivos específicos: fortalecer o conceito de reserva de biosfera em ambiente urbano como catalisador da governabilidade local; aprimorar e fortalecer o modelo teórico- conceitual de Reserva de Biosfera Urbana como parte ativa do Programa MAB UNESCO; debater a gestão da reserva de biosfera em ambiente urbano e contribuir para a formação de uma Rede Internacional de Reserva de Biosfera em Ambiente Urbano.
Na abertura do evento, na segunda-feira, 9:30 hs, a entidade lança o projeto Floripa 2030, uma proposta de estratégias para o futuro de Florianópolis que foi construído por 156 profissionais de diversas instituições da Grande Florianópolis. Autoridades estaduais e municipais.
O conceito de biosfera urbana é novo na discussão sobre reservas de biosfera, e os estudos começaram a ser aprofundados durante o Foro de Reservas de Biosfera en Ambiente Urbano. Um dos responsáveis pela inclusão de Florianópolis entre os locais caracterizados como reservas da biosfera urbana é o professor Érico Porto, da UFSC, membro da comissão organizadora do evento. “As biosferas urbanas são locais especiais, por sua constituição natural, mas que são habitados e precisam ser constantemente trabalhados para a manutenção de seu equilíbrio”, resume Porto.
RBU
Porto acredita que o título de reserva mundial de Biosfera Urbana daria grande visibilidade à cidade, que se tornaria referência em vários aspectos e uma potencial recebedora de apoio de universidades e financiadores de todo o mundo.
“Florianópolis ainda tem bastante cultura local, muita riqueza natural e duas vocações claras para turismo e tecnologia, fatores que a colocam em condições viáveis de ser uma cidade modelo”, diz.
Ele cita alguns exemplos recentes que têm incluído a cidade em um circuito internacional de inovação, como a conferência Eco Power, a Oficina de Desenho Urbano, o projeto Sapiens Parque e o selo Bandeira Azul.
Floripa 2030
O projeto foi realizado desde junho deste ano, em quatro oficinas, e abrangeu instituições públicas, privadas, comunitárias e representativas de Florianópolis. O estudo consiste em construção de estratégias de desenvolvimento sustentável, econômico, sócio-cultural e urbano-territorial, cuja meta não conflita com o Plano Diretor Participativo(PDP)
O 2030 soma o material já produzido – projetos, estudos e pesquisas – sobre Florianópolis, a discussão entre experientes profissionais participantes e as práticas das oficinas do grupo de trabalho ampliado para formar uma proposta viável orientada para 2030. O objetivo é disponibilizá-lo para a gestão pública e privada.
“Pensamos na Florianópolis de amanhã e, por isso, esta nossa ação reúne todas as pessoas que tem algo a acrescentar sobre a cidade, com trabalhos e estudos que são levantados nas oficinas de trabalho, quatro ao todo. No final do ano, teremos uma proposta inteligente, viável, que ficará disponível para a sociedade”, diz Zena Becker, presidente da instituição.
Até a segunda quinzena de julho, foram realizadas duas oficinas reunindo cerca de 90 profissionais, cujos trabalhos são coordenados pelo grupo gestor.