A equipe da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) que monitora uma rachadura em uma propriedade privada na Costa de Cima, no Bairro Pântano do Sul, na Capital, deve divulgar nessa semana um laudo preliminar sobre a situação no local.
Os dados não são animadores para os 17 moradores que precisaram deixar suas casas pelo risco de deslizamento: a encosta continua escorregando.
Conforme o geógrafo e professor da Udesc Luiz Pimenta, uma medição foi realizada com um equipamento GPS geodésico (utilizado para leituras de precisão) e outras três com trena, a partir de pinos colocados no solo. O movimento foi de milímetros, e ocorreu entre sexta-feira e ontem. De acordo com o professor, o processo de deslizamento é lento, chamado de rastejamento nessa fase inicial.
A Defesa Civil da Capital avalia se drenagens em alguns pontos do Sul da Ilha devem continuar. Dez locais também apresentam água parada desde a inundação na região do Morro das Pedras, Areias do Campeche, Campeche e Costeira.
Segundo o sub-coordenador da defesa, Luiz Eduardo Machado, não existe solução para a água parada em terrenos como o que foi drenado ontem, na localidade Areias do Campeche. A casa foi construída abaixo do nível da rua e não há, nos lados e atrás, um sistema de escoamento pluvial. Conforme Machado, a área era um lago e foi aterrada para a ocupação irregular dos moradores.
A casa em Areias do Campeche foi desocupada pelos moradores. No terreno, 180 mil litros de água foram drenados.
Para os moradores, a orientação da assessora de vigilância em saúde da secretaria de Saúde de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, é que nos locais onde é possível, a água seja escoada ou drenada. Já nos pontos em que essas ações são impossíveis, o ideal seria aterrar o terreno, para que a água contaminada não fique parada.
Para a manipulação da água, lodo e entulhos é indispensável a proteção de luvas e botas. A retirada dos entulhos é importante, segundo ela, para que animais peçonhentos não se refugiem.
(Lilian Simioni, DC, 09/12/2008)