Construtora assina contrato de patrocínio com Camerata Florianópolis
Música, cultura e apoio ao desenvolvimento de Florianópolis. Esses são os pilares que compõem o trabalho da WOA Empreendimentos Imobiliários, uma construtora jovem que faz do seu negócio um meio de contribuir para o desenvolvimento da cidade. Além da adoção para revitalização e manutenção de espaços públicos, a empresa assina no próximo dia 17, quinta-feira, o contrato de patrocínio para temporada 2011 da Camerata Florianópolis, regida pelo maestro Jeferson Della Rocca. A verba de patrocínio será destinada para subsídio das atividades para essa temporada.
“A Camerata Florianópolis é um dos expoentes da música clássica. Nosso empreendimento recentemente lançado, o SIMPHONIA WOA BEIRAMAR, teve inspiração musical, assim como uma melodia bem executada atrai e consegue encantar pessoas de todas as idades o condomínio tem o mesmo objetivo. Por isso, a parceira da WOA com a Camerata Florianópolis é um ‘casamento’ perfeito”, comenta Walter Silva Koerich, diretor da WOA Empreendimentos Imobiliários.
O projeto Temporada 2011 contempla a 18ª edição de Concertos da Camerata Florianópolis que terá 10 concertos oficiais em teatros na Capital, seis concertos em comunidades na Grande Florianópolis, uma turnê de 10 concertos pelo estado, além de participações em cidades como Montevideo, Buenos Aires e em Viena, no Festival Internacional de Corais.
“Para nós é importante termos uma empresa genuinamente de Florianópolis nos apoiando. Nos dá respaldo, nos agrega valor e responsabilidades termos a WOA como patrocinadora”, sinaliza Rocca. “Outro fator muito importante é que a WOA não está utilizando do incentivo da Lei Rouanet para nos apoiar, está saindo na frente e quem sabe abrindo portas para que outras empresas também invistam dessa forma na cultura”, completa.
Assinatura do contrato
A assinatura do contrato de patrocínio será no dia 17 de março, às 20h30, antecedendo o primeiro concerto desta temporada, que será realizado no Teatro Pedro Ivo em Florianópolis. Neste primeiro concerto a Camerata Florianópolis apresenta um pouco da pluralidade de sotaques presentes na música erudita ocidental, escrita em diversos países, através de obras de compositores do romantismo no século XIX, e meados do século XX, em peças de compositores que inovaram a linguagem musical de sua época.
“A Camerata Florianópolis afirmou-se nos últimos anos como a principal orquestra em atividade em Santa Catarina, tanto por sua qualidade técnica e musical como pelo fascínio que desperta no público que lota as plateias nos concertos”, comenta o maestro.
“Além da notoriedade já comprovada da Camerata, o trabalho realizado com a promoção de concertos didáticos e comunitários, a aproximação da música erudita com a comunidade, a promoção de jovens talentos da música erudita e o destaque dado à cidade de Florianópolis fora do estado são aspectos importantes que consideramos ao analisar o projeto proposto pela Camerata”, ressalta Walter.
A expectativa da Camerata Florianópolis é que diretamente mais de 30 mil pessoas sejam contempladas pelas apresentações. “Contando todas as nossas ações previstas até dezembro nossa expectativa é mais de dois milhões e meio de pessoas tenham contato com a música clássica”, destaca Jeferson.
A sustentabilidade, defendida pela empresa em seu empreendimento, também recebe destaque na Camerata. A proposta é que cada integrante da camerata plante uma árvore após a realização dos concertos, como forma de contribuir para o reflorestamento e preservação do planeta. “A expectativa é que sejam plantadas mais de mil árvores até o final desta temporada e que 100% do lixo produzido nos espetáculos seja reciclado”, finaliza o maestro.
Sobre o concerto
O programa do primeiro concerto da temporada 2011 inicia com a vivaz abertura da ópera Ruslan e Ludmila (1842) de Mikhail Glinka (1804-1857), influente compositor russo cujas ideias de nacionalismo constituíram o germe do chamado Grupo dos Cinco. Este grupo causaria impacto em compositores como Prokofiev, Stravinsky e Shostakovich. Na abertura desta ópera, composta sobre um libreto baseado no poema homônimo de Pushkin, percebe-se elementos musicais exóticos para a música da época, que procuram retratar a mitologia e o orientalismo presentes no enredo. Esta sonoridade singular pode ser ouvida, por exemplo, nas escalas descendentes de tons inteiros executada pelos trombones no final da peça. Nesta abertura, nota-se temas contrastantes que representam Ruslan, Ludmila e o antagonista Chernomor, temas estes que são recorrentes em toda a ópera.
Do compositor tcheco Antonín Dvořák (1841-1904), este concerto prossegue com a Dança Eslava N.2, uma dumka ucraniana que faz parte de uma compilação de oito peças (publicadas em 1878 como opus 46) inicialmente inspiradas nas Danças Húngaras de Brahms. Na tonalidade de mi menor, a peça é um allegretto scherzando; e o termo dumka, que consta em outras composições de Dvořák, designa uma balada épica, de caráter melancólico.
Nascido nos EUA, em 1898, George Gershwin considerado o primeiro grande compositor a fazer ponte entre a música erudita e a música popular. Escalas pentatônicas, cromatismos, blue notes, ritmos swingados são algumas das características de jazz e blues que dominam grande parte de sua música. A Rapsódia em Blue (1924), composta originalmente para dois pianos, exemplifica claramente este sotaque, e afirmou Gershwin como um dos principais compositores norteamericanos, renome enfatizado pela partitura da ópera Porgy and Bess (1835), escrita dois anos antes de sua morte.
Os mestres cantores de Nuremberg a segunda e última ópera cômica de Richard Wagner (1813-1883). É também uma das mais longas e populares do compositor e, novamente, sua narrativa exalta o passado germânico. Os mestres cantores (Meistersinger) eram poetas-músicos alemães, que frequentemente constam em nosso imaginário como os trovadores medievais. A abertura desta ópera foi composta anos antes do restante da partitura, embora já delineie motivos musicais que pela obra perpassam. Nota-se nesta peça um caráter majestoso, que é sublinhado pelas figuras rímicas dos metais.
Para finalizar o concerto, a Camerata Florianópolis executa Bolero de Maurice Ravel (1875-1937). Esta peça, de movimento único, foi encomendada pela bailarina Ida Rubstein, e figura entre as peças francesas mais conhecidas mundialmente. Nas palavras do próprio compositor, admirador da originalidade da música de Gershwin, seu Bolero nada mais é do que cerca de “dezessete minutos de textura orquestral sem música”. O toque da caixa que inicia esta obra é um ostinato que se repete 169 vezes e aos poucos agrega os demais instrumentos, que se alternam nos temas de dó maior e dó menor, criando coloridos diversos.
Serviço
Apresentação da Camerata Florianópolis
Onde: Teatro Pedro Ivo – Rodovia SC-401, KM 5, 4.600, Saco Grande, Florianópolis
Quando: 17 de março às 21hs
Quanto: Plateia R$ 30,00 – Balcões R$ 20,00. Idosos, estudantes e professores pagam meia