Estruturas são encontradas no sub solo do Prédio Histórico. Segundo técnicos do IPUF o que foi detectado, através de um radar, pode ser parte da antiga carceragem.
O atual Palácio Dias Velho, construído entre os anos de 1771 e 1780, é uma das três construções mais antigas do Centro Histórico, juntamente com a Catedral Metropolitana e o Palácio Cruz e Sousa (Museu Histórico de Santa Catarina). Este dado comprova a importância histórica de edificação que acompanhou o desenvolvimento do município. Dentro em breve, após a conclusão das obras de restauro, o local será entregue novamente para a população. No passado a construção abrigou, além da Cadeia no térreo e a Câmara no pavimento superior, todos os órgãos da Vila que necessitavam de algum lugar para funcionar, como a Assembléia Legislativa e o Tribunal do Júri.
A Câmara serviu ainda de cenário para a posse de vários Presidentes da Província, além de ter recebido a visita do Imperador D. Pedro II, que ficou preocupado com as precárias condições da cadeia, que funcionava no térreo.
“Nosso objetivo é preservar a história da cidade e entregar novamente este edifício para a população”, comentou o superintendente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, Átila Rocha.
As primeiras ações ocorreram entre novembro de 2009 e julho de 2010 com a demolição do anexo nos fundos do terreno, remoção dos entrepisos e mezaninos, retirada dos revestimentos sobre o assoalho e o conserto no telhado, eliminando os problemas de infiltração. Atualmente está em elaboração o Projeto de Restauração e Conservação. Esta fase contempla as etapas de identificação da edificação, através da realização de levantamentos físicos, análise tipológica e prospecções arqueológicas.
Ao final desta atividade será apresentada a proposta de intervenção propriamente dita para a instalação do Museu de História da Cidade.
Segundo os Técnicos do Serviço de Patrimônio Histórico do Município, para a viabilização do museu será necessária a elaboração do projeto museológico e expográfico do mesmo que será desenvolvido por profissionais da área e em sintonia com o projeto de restauro e conservação.
Durante a prospecção arqueológica de superfície feita por meio de Radar de Penetração de Solo (GPR), foi comprovada a existência de estruturas soterradas que indicam ser da antiga carceragem, aterrada ao passar dos séculos.
