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Florianópolis, 26 dezembro 2024
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Faltando cinco dias para o show de Ben Harper, licenças ambientais ainda não foram concedidas

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Segundo prefeitura, organização do evento oficializou em cima do prazo.

Após quatro anos, fãs do Ben Harper, que moram ou estão a passeio na Ilha de Santa Catarina, contam os dias para prestigiar o blues, o reggae ou o soul das cordas vocais do cantor californiano, que é sucesso no mundo inteiro. Promovido pela Skol, o show marcado para o dia 5 de fevereiro ainda depende do aval da prefeitura de Florianópolis para que tudo aconteça com a sintonia que o evento merece.

Dessa vez, o evento será gratuito — em troca de dois quilos de alimento — e bem perto do mar. Quase 200 mil votos, pela internet, escolheram a Praia do Campeche, no Sul da Ilha, para receber além de Ben Harper, os cantores Donavon Frankenreiter e Tom Curren, considerados ícones do surf music, e também Armandinho. Florianópolis concorreu com Maresias (SP) e Búzios (RJ), mas o Riozinho levou a bolada.

A combinação natureza e os diversos ritmos de Ben pode ser perfeita para a maioria do público que pretende concorrer aos oito mil ingressos disponíveis pelo Praia Skol Music. Porém, para que o show ocorra em sintonia com as leis do município, a prefeitura ainda precisa dar o aval à organização do evento.

Faltando cinco dias para o espetáculo, nada está definido. Na segunda, aconteceu a primeira reunião entre os organizadores e a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), responsável pelas licenças. Um plano de controle ambiental foi entregue pela Skol ao superintendente da Floram, Gerson Basso. No documento, constam as cercas para proteger as Áreas de Preservação Permanente (APP´s), que ficam à beira-mar, e no local do show, um terreno particular. Além disso, a disponibilização de banheiros e estacionamentos.

Segundo Basso, será verificada principalmente a questão do impacto ambiental. Por enquanto, a ideia de telões na praia foi descartada. A previsão é que as licenças sejam concedidas, no máximo, até quinta-feira.

O secretário Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, afirma que a oficialização do show foi protocolada na secretaria na quinta-feira passada, dia 27, e que o prazo mínimo legal para se ter uma análise sobre a viabilidade do evento é de 15 dias.

— Se a organização da Skol Music não se mexer, não autorizaremos o show. Não temos nada acertado ainda. Mesmo o evento sendo feito em um terreno particular, a cidade tem leis que precisam ser obedecidas — esclarece.

O secretário municipal de Turismo, Márcio de Souza, também enfatizou que não houve contato prévio com a prefeitura. Ele diz que convocará as entidades envolvidas para uma reunião amanhã, às 9h.

— Não estava preparado para coordenar um evento dessa magnitude antes do Carnaval, mas vou assumir o controle do evento para o bem da cidade — diz Souza.

Outra reunião também está marcada para terça a fim de definir o transporte coletivo. Segundo o secretário da pasta de transporte, João Batista Nunes, há a intenção de disponibilizar mais ônibus até o local. O 4º Batalhão da Polícia Militar de Florianópolis, comandado pelo tenente-coronel Newton Ramlow, também não tem esquemas programados para o show. A Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv) disse o mesmo.

A Associação dos Moradores do Campeche (Amocam) é contra o show na Praia do Campeche. O presidente da associação, Athaíde Silva, explica que o evento poderia ser feito em outro local, onde não houvesse transtornos de mobilidade ou impacto ambiental. Uma representação seria protocolada pela entidade no Ministério Público Federal (MPF), que ainda não havia recebido até o início da noite de segunda-feira.

— Esse evento não é o progresso que queremos para a região. Existem outro locais melhores como o aterro da Baía Sul, onde foi o show do Roberto Carlos — alega Silva.

Vanessa Campos | vanessa.campos@diario.com.br
Publicado: ClicRBS – Diário Catarinan, em 31/01/2011.