Um seminário reuniu hoje na sede da Guga Kuerten Participações, em Florianópolis, alunos da Universidade de Harvard (EUA) em busca de conhecimento sobre a metodologia desenvolvida pelo IGK (Instituto Guga Kuerten) para garantir a inclusão social de crianças e pessoas deficientes. Guga, ao lado da presidente do IGK, Alice Kuerten, foram anfitriões do grupo composto por vinte pessoas, entre estudantes e professores, que integram o programa do Centro David Rackefeller para Estudos Latino Americanos.
O ex-número 1 no tênis mundial participou do evento esclarecendo dúvidas dos alunos com relação às atividades desenvolvidas junto ao IGK, e também sobre a carreira no esporte. Durante o seminário Gustavo Kuerten foi indagado sobre seu adversário favorito e afirmou: “Eu sempre gostei de encarar os tenistas mais difíceis, gostava de jogar com o Agassi, o Safin, o Kafelnikov, o Sampras e o Federer. Acho que essa característica me tornou tão competitivo”, explicou.
A ideia de trazer alunos para aprimorar o estudo do idioma, cultura e realizar trabalhos filantrópicos em ONGs brasileiras surgiu há seis anos. Desde 2005, a Universidade de Harvard organiza visitas de alunos acompanhados de tutores ao Rio de Janeiro, esse ano, pela primeira vez, o roteiro foi alterado para Florianópolis. O programa, coordenado pelos professores Clémence Jouët-Pastré e Aaron Litvin, envolve três semanas de estudos e trabalho voluntário em organizações não-governamentais. Durante o encontro de hoje os alunos foram convidados pela presidente do IGK a colaborar nas atividades desenvolvidas pela instituição na próxima viagem ao Brasil.
“Nós criamos uma metodologia diferenciada, acreditamos muito na força que exercemos nos educandos . Quando, por exemplo, planejamos uma atividade na área da Educação Física, ampliamos a ação com a colaboração dos nossos profissionais de Psicologia, do Serviço Social, e de outras áreas do conhecimento. A força do nosso trabalho consiste na formação de uma equipe multidisciplinar comprometida em promover a inclusão social”, declarou Alice Kuerten que apresentou também as ações especiais realizadas pelo IGK, como a campanha para recomposição das famílias atingidas pelas enchentes em Santa Catarina, em 2008, e a ação criada na semana passada para colaborar com as famílias vinculadas à APAE de Nova Friburgo, vítimas dos desabamentos e inundações que devastaram a região Serrana do Rio de Janeiro.
O IGK foi criado há dez anos e já beneficiou cerca de 35 mil pessoas e instituições que auxiliam pessoas com deficiência em 164 municípios de Santa Catarina, além de garantir atendimento anual a 460 crianças, em quatro núcleos esportivos na Grande Florianópolis.